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Especialistas: liderança alemã tenta explicar queda do padrão de vida culpando a Rússia por tudo
Especialistas: liderança alemã tenta explicar queda do padrão de vida culpando a Rússia por tudo
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Analistas apontam erros e opções políticas da União Europeia como explicando melhor as atuais dificuldades econômicas que a política de Moscou. 22.01.2023, Sputnik Brasil
2023-01-22T14:25-0300
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Especialistas criticaram as declarações de altos responsáveis alemães, que culpam a Rússia pela crise energética na Europa.Segundo Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha, o presidente russo Vladimir Putin "fechou a torneira do gás", apesar de também ter reconhecido que os três novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) cobrem somente um quarto das necessidades anteriormente satisfeitas pelo gás russo. Ele espera que, até o final de 2023, a sua capacidade dobre de 14 bilhões de metros cúbicos de gás para 30 bilhões.Ao mesmo tempo, entidades como a emissora alemã NDR creem que o aumento do consumo de GNL influencia negativamente os objetivos de combate às mudanças climáticas do país europeu. Além disso, os projetos têm enfrentado protestos das populações locais.A União Europeia impôs várias rodadas de sanções à Rússia após 22 de fevereiro de 2022, quando Moscou começou a operação militar especial na Ucrânia. Elas incluíram um embargo gradual do petróleo da Rússia a partir de dezembro desse ano, mas excluíram as importações de gás desse país.No entanto, Bruxelas prometeu reduzir essa dependência. As sanções contra empresas russas e decisões de acabar com o fluxo levaram inclusive a cortes do gás por parte da Rússia. Em 19 de dezembro, os Estados-membros da UE impuseram um teto de preço do gás de todos os destinos, incluindo o russo, para conter a escalada de preços da energia no continente.Aleksandr Kamkin, pesquisador sênior do Centro de Estudos Comparativos e Políticos do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais (IMEMO, na sigla em russo) da Academia de Ciências da Rússia, discorda das declarações de Habeck."Habeck está mentindo descaradamente, porque não foi a Rússia que fechou voluntariamente as rotas de trânsito, explodiu os Nord Stream [gasodutos russos Corrente do Norte 1 e Corrente do Norte 2], não foi a Rússia que pôs fim à cooperação energética. A declaração do ministro alemão é um exemplo típico de comportamento cínico, quando se vira tudo do avesso", comentou Kamkin à RT.Ele citou como verdadeiros fatores o golpe de Estado pró-ocidental de 2014 em Kiev e os "erros" na economia europeia como a emissão de dinheiro durante a pandemia, que alimentou a inflação, e a política de abdicar dos recursos naturais russos, o que levou a uma redução na atividade econômica e no padrão e vida.O acadêmico aponta os EUA como querendo lucrar com contratos de venda de GNL de longo prazo à Europa, enquanto a Rússia sempre honrou seus compromissos.Referindo as contas de energia "cinco a seis vezes maior" que os alemães pagam, ele vê um aumento nos atuais protestos contra a instalação de terminais de GNL não russo e a política do país relativamente à Rússia.
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Especialistas: liderança alemã tenta explicar queda do padrão de vida culpando a Rússia por tudo
Analistas apontam erros e opções políticas da União Europeia como explicando melhor as atuais dificuldades econômicas que a política de Moscou.
Especialistas criticaram as declarações de altos responsáveis alemães, que culpam a Rússia pela crise energética na Europa.
Segundo Robert Habeck, ministro da Economia da Alemanha, o presidente russo Vladimir Putin "fechou a torneira do gás", apesar de também ter reconhecido que os três novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) cobrem somente um quarto das
necessidades anteriormente satisfeitas pelo gás russo. Ele espera que, até o final de 2023, a sua capacidade dobre de 14 bilhões de metros cúbicos de gás para 30 bilhões.
Ao mesmo tempo, entidades como a emissora alemã NDR creem que o aumento do consumo de GNL influencia negativamente os objetivos de combate às mudanças climáticas do país europeu. Além disso, os projetos têm enfrentado protestos das populações locais.
A União Europeia impôs várias rodadas de sanções à Rússia após 22 de fevereiro de 2022, quando Moscou começou a operação militar especial na Ucrânia. Elas incluíram um embargo gradual do petróleo da Rússia a partir de dezembro desse ano, mas excluíram as importações de gás desse país.
No entanto, Bruxelas prometeu reduzir essa dependência. As sanções contra empresas russas e decisões de acabar com o fluxo levaram inclusive a cortes do gás por parte da Rússia. Em 19 de dezembro, os Estados-membros da UE impuseram um teto de preço do gás de todos os destinos, incluindo o russo, para conter a escalada de preços da energia no continente.
21 de janeiro 2023, 11:15
Aleksandr Kamkin, pesquisador sênior do Centro de Estudos Comparativos e Políticos do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais (IMEMO, na sigla em russo) da Academia de Ciências da Rússia, discorda das declarações de Habeck.
"Habeck está mentindo descaradamente, porque não foi a Rússia que fechou voluntariamente as rotas de trânsito, explodiu os Nord Stream [gasodutos russos Corrente do Norte 1 e Corrente do Norte 2], não foi a Rússia que pôs fim à cooperação energética. A declaração do ministro alemão é um exemplo típico de comportamento cínico, quando
se vira tudo do avesso",
comentou Kamkin à RT.
Ele citou como verdadeiros fatores o golpe de Estado pró-ocidental de 2014 em Kiev e
os "erros" na economia europeia como a emissão de dinheiro durante a pandemia, que alimentou a inflação, e a política de abdicar dos recursos naturais russos, o que levou a uma redução na atividade econômica e no padrão e vida.
O acadêmico aponta os EUA como querendo lucrar com contratos de venda de GNL de longo prazo à Europa, enquanto a Rússia sempre honrou seus compromissos.
"As autoridades alemãs estão na difícil posição de ter que se explicar em primeiro lugar aos seus eleitores. Berlim tem que transferir constantemente para a Rússia a culpa por suas próprias falhas no setor energético, tentando convencer todos ao seu redor de que a culpa não é deles. Mas, na realidade, a culpa dos problemas atuais é justamente da Alemanha e da UE", afirmou Oleg Nemensky, especialista do Instituto Russo de Pesquisas Estratégicas, em declarações à RT.
Referindo as
contas de energia "cinco a seis vezes maior" que os alemães pagam, ele vê um aumento nos atuais protestos contra a instalação de terminais de GNL não russo e a política do país relativamente à Rússia.