OTAN pode forçar Coreia do Sul e Japão a enviar armamentos para Ucrânia, alerta pesquisador
08:53 30.01.2023 (atualizado: 11:08 30.01.2023)
© AP Photo / Aaron FavilaFuzileiros navais filipinos e americanos conversam ao lado de um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) dos EUA durante um Exercício de Tiro ao Vivo de Armas Combinadas (CALFEX) como parte dos exercícios de combate anuais entre o Corpo de Fuzileiros Navais das Filipinas e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Capas, província de Tarlac, norte das Filipinas , 13 de outubro de 2022
© AP Photo / Aaron Favila
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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, provavelmente exercerá pressão sobre o Japão e a Coreia do Sul para forçar esses países a fornecer ajuda militar à Ucrânia, escreveu em um artigo Kim Tong-myong, pesquisador da Sociedade de Estudos Internacionais na Coreia do Norte, publicado pela agência KCNA.
O especialista observou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte está buscando "aplicar o método de confronto coletivo na Ásia-Pacífico" e que Stoltenberg está visitando o Japão e a Coreia do Sul após decisão dos países ocidentais de fornecer tanques para Kiev, a fim de fazer com que Tóquio e Seul forneçam apoio militar à Ucrânia.
"É uma questão de tempo para que o [equipamento] militar da Coreia do Sul e do Japão que entra na OTAN seja visto no campo da batalha ucraniano", adverte Kim Tong-myong, acrescentando que Stoltenberg usará a "teoria da ameaça da China" para pressionar o Japão e a Coreia do Sul.
O pesquisador lembrou que a Coreia do Sul assinou um contrato de venda de armas com a Polônia, enquanto o Japão firmou acordo para desenvolver a próxima geração de caças em conjunto com o Reino Unido e a Itália.
Kim Tong-myong alertou que o Ocidente está buscando criar uma "versão asiática da OTAN". Stoltenberg está em viagem à Coreia do Sul e ao Japão de 29 de janeiro a 1º de fevereiro.
Em 15 de janeiro, o premiê britânico Rishi Sunak anunciou que seu país enviará 14 de seus tanques Challenger 2 para a Ucrânia. A Alemanha prometeu fornecer 14 tanques Leopard 2A6 para Kiev, após ter sido repetidamente pressionada a fazê-lo por alguns dos seus aliados da União Europeia (UE) e da OTAN.