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Lula segue 'desbolsonarização' do Itamaraty e órgãos públicos e veta 18 indicações de Bolsonaro

© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante audiência com ministros, 30 de janeiro de 2022
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante audiência com ministros, 30 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 31.01.2023
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Em medida publicada nesta terça-feira (31) no Diário da União, presidente derrubou 18 indicações feitas pelo governo Bolsonaro para cargos em órgãos públicos, agências reguladoras e para o comando de embaixadas do Brasil no exterior.
As indicações aconteceram a partir de dezembro de 2021 e ainda aguardavam aprovação do Legislativo, entretanto, dez dos 18 nomes foram indicados pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro, após a derrota nas eleições do ano passado, de acordo com o G1.
Mesmo com a decisão publicada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não enviou novos nomes para substituir os declinados, relata a mídia.
Aparentemente, o presidente segue uma linha, que vem aplicando também no Palácio do Planalto e na Polícia Federal e Rodoviária, de "desbolsonarizar" os órgãos, e no caso do Itamaraty e das embaixadas isso fica bastante explícito.
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O próprio atual ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mesmo sendo um diplomata de prestígio, tendo sido embaixador na ONU, Estados Unidos e chanceler do Brasil durante a segunda gestão Dilma Rousseff, foi rejeitado por Bolsonaro e enviado para uma missão menor, a de chefiar a Embaixada do Brasil na Croácia.
Na época, diplomatas usaram a palavra "humilhação" para caracterizar a ação do ex-presidente com o atual chanceler.
Outro caso foi o do diplomata Sergio Danese, escolhido no último dia 19 para ser o embaixador do Brasil na ONU, conforme noticiado. Danese tinha sido designado para Embaixada da África do Sul, mas ficou menos de um ano no cargo, uma vez que Bolsonaro tentou enviar para o país o pastor e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, mas o governo sul-africano não aceitou a troca e, por meses, o cargo ficou vago.
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Os nomes vetados pelo atual chefe do Executivo na decisão publicada hoje (31) foram: Helio Ferraz de Oliveira, Daniel de Macedo Alves Pereira, André Elias Marques, André Ruelli, Ronaldo Jorge da Silva Lima, José Mauro Esteves dos Santo, Jefferson Borges Araújo, Luciana Lauria Lopes, Edgar Ribeiro Dias, João Paulo Dias de Araújo, André Chermont de Lima, Miguel Griesbach de Pereira Franco, Paulino Franco de Carvalho Neto, Sarquis José Buainain Sarquis, Reinaldo José de Almeida Salgado, Paulo Roberto Caminha de Castilhos França, Hélio Vitor Ramos Filho e Fernando Simas Magalhães.
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