https://noticiabrasil.net.br/20230203/cgu-anuncia-divulgacao-da-analise-de-234-sigilos-da-gestao-bolsonaro-incluindo-caso-pazuello-27378419.html
CGU determina retirada de 234 sigilos do governo Bolsonaro, incluindo caso Pazuello
CGU determina retirada de 234 sigilos do governo Bolsonaro, incluindo caso Pazuello
Sputnik Brasil
Segundo ministro, a CGU sempre teve um entendimento de que sindicâncias instauradas contra servidores públicos deveriam vir a público quando terminadas, mas... 03.02.2023, Sputnik Brasil
2023-02-03T14:13-0300
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Nesta sexta-feira (3), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, anunciou que na próxima segunda-feira (6) vai começar a divulgar o resultado da análise de 234 casos de sigilo impostos pelo governo Bolsonaro.Desses 234 casos, 111 são relacionados à segurança nacional, 35 referentes à segurança do presidente e familiares, 49 de informações pessoais, 16 de atividades de inteligência e 23 classificados como "outros", relata o jornal O Globo.Um deles é o caso do processo disciplinar do Exército que livrou o general Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde e agora é deputado federal. Na época em que ainda era general da ativa, Pazuello compareceu a um ato político ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o que o levou a ser alvo de uma sindicância.Apesar de o regulamento proibir a participação em manifestações do tipo, o Exército não viu transgressão disciplinar, arquivou o processo e impôs um sigilo de cem anos aos autos, sob a alegação que "não haveria interesse público".Durante o governo Bolsonaro, a CGU manteve o segredo, liberando apenas o extrato sob o pretexto de que a publicização poderia impactar a "hierarquia" militar. Com o novo parecer, os autos do processo devem finalmente vir a público, escreve a mídia.Marques de Carvalho também explicou que a CGU sempre teve um entendimento de que sindicâncias instauradas contra servidores públicos deveriam vir a público quando o processo fosse encerrado, mas que a percepção da medida foi alterada na gestão Bolsonaro no caso de Pazuello.O fim dos sigilos foi uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou Bolsonaro de esconder informações de interesse público para proteger a si, familiares, e a aliados.
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CGU determina retirada de 234 sigilos do governo Bolsonaro, incluindo caso Pazuello
14:13 03.02.2023 (atualizado: 14:20 03.02.2023) Segundo ministro, a CGU sempre teve um entendimento de que sindicâncias instauradas contra servidores públicos deveriam vir a público quando terminadas, mas que no caso de Pazuello, o governo Bolsonaro abriu uma exceção.
Nesta sexta-feira (3), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, anunciou que na próxima segunda-feira (6) vai começar a divulgar o resultado da análise de 234 casos de sigilo impostos pelo governo Bolsonaro.
Desses 234 casos,
111 são relacionados à segurança nacional,
35 referentes à segurança do presidente e familiares,
49 de informações pessoais,
16 de atividades de inteligência e
23 classificados como "outros",
relata o jornal O Globo.
Um deles é o caso do
processo disciplinar do Exército que livrou o general
Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde e agora é deputado federal. Na época em que ainda era general da ativa,
Pazuello compareceu a um ato político ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o que o levou a ser alvo de uma sindicância.
Apesar de o regulamento proibir a participação em manifestações do tipo, o Exército não viu transgressão disciplinar, arquivou o processo e impôs um sigilo de cem anos aos autos, sob a alegação que "não haveria interesse público".
Durante o governo Bolsonaro, a CGU manteve o segredo, liberando apenas o extrato sob o pretexto de que a publicização poderia impactar a "hierarquia" militar. Com o novo parecer, os autos do processo devem finalmente vir a público, escreve a mídia.
Marques de Carvalho também explicou que a CGU sempre teve um entendimento de que sindicâncias instauradas contra servidores públicos deveriam vir a público quando o processo fosse encerrado, mas que a percepção da medida foi alterada na gestão Bolsonaro no caso de Pazuello.
"A CGU nunca fez distinção de processos disciplinares públicos entre civis e militares. Essa sempre foi a posição da CGU. Essa mudança de posição ocorreu nos últimos anos, o que estamos fazendo agora é resgatar a postura que sempre foi histórica no órgão", afirmou o ministro citado pelo jornal.
O fim dos sigilos foi uma das
principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou Bolsonaro de
esconder informações de interesse público para proteger a si, familiares, e a aliados.