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Operação militar especial russa
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Kremlin: fronteira entre envolvimento direto e indireto na Ucrânia está desaparecendo na Europa

© AP Photo / Andrew MatthewsVladimir Zelensky, presidente da Ucrânia (à esquerda), e Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido (à direita), em local de treinamento de tropas ucranianas em usar tanques Challenger 2 em uma instalação militar em Lulworth, Inglaterra, Reino Unido, 8 de fevereiro de 2023
Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia (à esquerda), e Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido (à direita), em local de treinamento de tropas ucranianas em usar tanques Challenger 2 em uma instalação militar em Lulworth, Inglaterra, Reino Unido, 8 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.02.2023
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O porta-voz presidencial da Rússia apontou que Moscou vê os países europeus se envolvendo cada vez mais no conflito na Ucrânia, em meio a conversações sobre caças, que se seguem a anúncios para enviar tanques.
A possibilidade de Londres entregar caças a Kiev está quebrando a fronteira entre o envolvimento indireto e direto no conflito com a Rússia e está desaparecendo na Europa, disse Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo.
Na quarta-feira (8), o jornal norte-americano The Wall Street Journal citou um porta-voz do governo britânico como dizendo que Londres estava considerando transferir caças de quinta geração para Kiev.
A embaixada russa em Londres, Reino Unido, advertiu que as entregas de aeronaves teriam consequências militares e políticas para o continente europeu e para o mundo inteiro, e que a Rússia dará uma resposta a quaisquer medidas hostis britânicas.
"Vemos isto como, basicamente, nada menos que o crescente envolvimento do Reino Unido, Alemanha e França no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A linha entre o envolvimento direto e indireto está desaparecendo gradualmente. Só se pode expressar arrependimento a este respeito", disse Peskov aos repórteres.
Segundo ele, é possível "afirmar que tais ações dos países mencionados levam a uma escalada de tensões em torno deste conflito, prolongam este conflito e tornam este conflito mais doloroso e angustiante para a Ucrânia".
"Em princípio, estas ações dos países não alterarão o resultado deste conflito e não mudarão a trajetória que o nosso país está seguindo em termos de alcançar os seus objetivos, estabelecidos no âmbito da operação militar especial", sublinhou Peskov.
As conversações de que a Ucrânia precisa de caças começaram imediatamente após vários países ocidentais terem dito que forneceriam tanques a Kiev. No entanto, representantes dos países notaram que os tanques devem chegar aos militares ucranianos em pelo menos alguns meses.
Os funcionários de países ocidentais ainda não anunciaram intenções específicas de enviar caças, mas o premiê britânico Rishi Sunak disse: "Quando se trata de aviões de caça, é claro que fazem parte da conversa", enquanto Emmanuel Macron, presidente da França, não excluiu a possibilidade de envio.

Peskov sobre os gasodutos russos

Seymour Hersh, jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer dos EUA, confirmou anteriormente à Sputnik sua autoria de um artigo em que culpou os Estados Unidos pelas explosões nos gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) em setembro de 2022. Segundo ele, durante o exercício Baltops da OTAN em meados de 2022, mergulhadores norte-americanos plantaram explosivos sob as condutas, que foram ativados por noruegueses três meses mais tarde.
Gasoduto russo - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2023
Panorama internacional
EUA plantaram os explosivos que detonaram Nord Stream no ano passado, diz jornalista norte-americano
Como relatou Hersh, Joe Biden, presidente dos EUA, decidiu sabotar os gasodutos após mais de nove meses de discussões secretas com a equipe de segurança nacional. O Pentágono disse mais tarde à Sputnik que os EUA não tiveram nada a ver com as ações.
Dmitry Peskov afirmou que os perpetradores de tais ataques poderiam repeti-lo em qualquer parte do mundo.
"Este é um precedente muito, muito perigoso. Se alguém o tiver cometido uma vez, ele pode fazê-lo em qualquer parte do mundo uma segunda vez. Não há muitos países no mundo que possam cometer tal sabotagem", comentou.
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