Síria: Ocidente só fornece ajuda às áreas rebeldes do país, mas não ao governo
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensSoldados russos prestam ajuda humanitária na Síria após o terremoto
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Os países ocidentais não estão fornecendo a ajuda necessária ao governo sírio, que está lidando com as consequências do terremoto devastador, e estão preocupados apenas com a Turquia ou áreas da Síria controladas por grupos terroristas ou de oposição, disse a assessora especial da presidência da Síria, Bouthaina Shaaban.
"Infelizmente, o Ocidente só se preocupa com as áreas onde estão os terroristas, mas não se importa com as áreas onde vive a maioria da população síria. [...] A maior parte do dinheiro e todo o material foram enviados da Europa e dos EUA para a Turquia. Nada foi enviado da Europa para a Síria", disse Shaaban a repórteres.
No início da semana, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho disse à Sputnik que as sanções contra a Síria elevam os preços de tudo e desaceleram as operações humanitárias.
No entanto, Washington e a União Europeia (UE) se recusaram a suspender as restrições e fornecer ajuda humanitária a Damasco. Apesar disso, os principais países do Oriente Médio não seguem a linha ocidental nessa questão: Egito, Argélia, Tunísia, Iraque, Bahrein, Arábia Saudita, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos juntaram-se aos tradicionais aliados da Síria, Irã e Rússia, e prestaram assistência ou manifestaram vontade de o fazer.
Na segunda-feira (6), no sudeste da Turquia, assim como no noroeste da Síria, ocorreram vários tremores devastadores que causaram a morte de milhares de pessoas. Um tremor de magnitude 7,8 ocorreu às 04h17 hora local (22h17, no horário do dia anterior em Brasília) ainda na segunda-feira perto da cidade turca de Gaziantep. Um segundo terremoto de magnitude 7,7 ocorreu menos de 12 horas depois. O epicentro do terremoto foi localizado no distrito de Pazarcik, na província turca de Kahramanmaras.
O terremoto afetou as províncias sírias de Aleppo, Latákia, Hama e Tartus, deixando dezenas de mortos e milhares de feridos. Muitos países oferecem sua ajuda a Ancara, mas poucos fazem o mesmo a Damasco.