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EUA assumiram responsabilidade por explosões no Nord Stream e 'estão felizes', diz Lavrov

© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da RússiaSergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, após a reunião dos chanceleres do G20 à margem da cúpula do G20 em Bali, na Indonésia, em 15 de novembro de 2022 (foto de arquivo)
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, após a reunião dos chanceleres do G20 à margem da cúpula do G20 em Bali, na Indonésia, em 15 de novembro de 2022 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 12.02.2023
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Autoridades dos Estados Unidos reconhecem que são responsáveis ​​pelas explosões nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, neste domingo (12).
"Na verdade, as autoridades americanas admitem que as explosões que ocorreram no Nord Stream 1 e Nord Stream 2 foram obra deles. Agora eles estão até felizes em falar sobre isso", disse Lavrov.
Segundo o diplomata russo, os Estados Unidos sabotaram os gasodutos para destruir a poderosa aliança construída entre a energia russa e a tecnologia alemã, já que ameaçam o monopólio de diversas empresas americanas.
Na última quarta-feira (8), o jornalista investigativo norte-americano e ganhador do prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, revelou, em artigo intitulado "How America Took Out The Nord Stream Pipeline" (Como a América tirou o gasoduto Nord Stream, na tradução), publicado no Substack, que mergulhadores da Marinha dos EUA plantaram explosivos para destruir os gasodutos Nord Stream no ano passado.

"Em junho do ano passado, mergulhadores da Marinha [dos EUA], operando sob a cobertura de um exercício da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] amplamente divulgado no meio do verão [europeu], conhecido como BALTOPS 22, plantaram os explosivos acionados remotamente que, três meses depois, destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream, de acordo com uma fonte com conhecimento direto do planejamento operacional", escreveu Hersh.

© Sputnik / Dmitrij LeltschukFuncionário do gasoduto Nord Stream 2 trabalha em plataforma na estação de recebimento do mar Báltico, em Lubmin, na Alemanha
Funcionário do gasoduto Nord Stream 2 trabalha em plataforma na estação de recebimento do mar Báltico, onde 6,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por hora serão processados ​​e entregues aos gasodutos a jusante na pressão certa, em Lubmin, na Alemanha - Sputnik Brasil, 1920, 12.02.2023
Funcionário do gasoduto Nord Stream 2 trabalha em plataforma na estação de recebimento do mar Báltico, em Lubmin, na Alemanha. Foto de arquivo
Ainda segundo o jornalista, a decisão do governo norte-americano de sabotar os gasodutos ocorreu "após mais de nove meses de debates altamente secretos dentro da comunidade de segurança nacional de Washington" e que a missão levou todo esse tempo não "por uma questão de não a cumprir", mas sim "como realizá-la sem nenhuma pista clara de quem era o responsável".
Hersh também apontou que, "desde seus primeiros dias, o Nord Stream 1 foi visto por Washington e seus parceiros antirrussos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental".
"Os temores políticos dos Estados Unidos eram reais: [Vladimir] Putin teria agora uma importante fonte de renda adicional e muito necessária, e a Alemanha e o restante da Europa se tornariam viciados em gás natural de baixo custo fornecido pela Rússia", escreveu o jornalista.
Ao mesmo tempo, o especialista ressaltou que o "Nord Stream 1 já era perigoso o suficiente, na opinião da OTAN e de Washington, mas o Nord Stream 2 […], se aprovado pelos reguladores alemães, dobraria a quantidade de gás barato que estaria disponível para a Alemanha e [o resto da] Europa", acrescentando que enquanto isso "as tensões aumentavam constantemente entre a Rússia e a OTAN, apoiadas pela agressiva política externa do governo Biden".
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