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Mais 'bombas' sobre ataques ao Nord Stream estão por vir, diz jornalista que revelou atuação dos EUA

© AP Photo / Paul SakumaO repórter investigativo Seymour Hersh gesticula durante um painel de discussão em San Jose, Califórnia (foto de arquivo)
O repórter investigativo Seymour Hersh gesticula durante um painel de discussão em San Jose, Califórnia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2023
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Seymour Hersh, veterano e premiado repórter investigativo, criticou os grandes jornais dos Estados Unidos por se calarem a respeito da sua reportagem, que atribui ao governo norte-americano a sabotagem contra os gasodutos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2).
O jornalista Seymour Hersh prometeu revelar mais informações incriminatórias ligando os EUA à explosão dos gasodutos Nord Stream.
Segundo sua investigação publicada em 8 de fevereiro, o presidente Joe Biden ordenou que as turbinas fossem destruídas para impedir que a Alemanha retomasse a compra de gás russo barato.
Em uma postagem em sua página do Substack na quarta-feira (15), Hersh criticou a grande mídia — destacando o New York Times e o The Washington Post — por se recusar a "divulgar uma palavra" sobre a história do atentado contra os gasodutos e por ignorar os pedidos da Rússia e da China por uma investigação internacional.
Ambos os jornais, disse ele, publicaram suas denúncias sobre os crimes de guerra dos militares dos EUA no Vietnã, mas agora aparentemente não estão interessados ​​em "segurança nacional ou questões de guerra e paz".
O repórter investigativo também afirmou que mais desdobramentos da história estão por vir.

"Pode haver mais a aprender sobre a decisão de Joe Biden de impedir que o governo alemão tenha dúvidas sobre a falta de gás barato neste inverno", escreveu Hersh. "Fiquem atentos", disse ele. "Estamos apenas na primeira fase."

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante entrevista com Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo de mídia Rossiya Segodnya, em 1º de fevereiro de 2023 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2023
Panorama internacional
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O Nord Stream 1 e 2, que ligavam a Rússia e a Alemanha sob o mar Báltico, foram danificados em uma série de explosões subaquáticas em setembro passado.
No mesmo mês, a Sputnik Brasil mostrou a operação Baltops conduzida pelos EUA nas proximidades da ilha de Bornholm em junho, no local onde houve as explosões.
Hersh, um jornalista vencedor do prêmio Pulitzer, divulgou reportagem na semana passada culpando os EUA pelo ataque e detalhando como o governo Biden e a CIA planejaram a operação. A Casa Branca rejeitou a alegação como "totalmente falsa e completa ficção".
O artigo apoiou as repetidas afirmações de Moscou de que os EUA realizaram o ataque para evitar a reaproximação entre a Rússia e a Alemanha, ao mesmo tempo em que tornava Berlim dependente do gás natural liquefeito americano, mais caro.
A Alemanha interrompeu a certificação do Nord Stream 2 dias antes da entrada das tropas russas na Ucrânia, e as sanções da UE limitaram o fluxo de gás através do Nord Stream 1 desde o final do verão, impedindo reparos vitais.
No entanto, Hersh disse ao jornal Berliner Zeitung da Alemanha na terça-feira (14) que o governo Biden temia que Berlim suspendesse essas sanções e retomasse o trânsito de gás com a queda das temperaturas durante o inverno.
"O presidente dos Estados Unidos prefere ver a Alemanha congelar do que [ver] a Alemanha possivelmente parar de apoiar a Ucrânia", afirmou.
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