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China vai divulgar documento com posição sobre crise na Ucrânia até o final do mês

© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaMinistro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fala com a mídia
Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fala com a mídia - Sputnik Brasil, 1920, 18.02.2023
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Pequim vai redigir e apresentar um documento até o final de fevereiro no qual sua posição sobre a crise na Ucrânia vai ser delineada, disse diretor do escritório central de relações exteriores da China, Wang Yi, neste sábado (18).
"Na questão da Ucrânia, a posição da China se resume a apoiar as negociações de paz. Apresentaremos um documento sobre a posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia e permaneceremos firmes do lado da paz e do diálogo", disse Wang na Conferência de Segurança de Munique.
O documento de posição da China sobre a Ucrânia "vai reiterar as proposições feitas pelo presidente Xi Jinping, incluindo que a integridade territorial e a soberania devem ser respeitadas, os propósitos e princípios da Carta da ONU devem ser observados, as preocupações legítimas de segurança devem ser levadas a sério e todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise seja apoiada", disse o diplomata durante sessão de perguntas e respostas.
"Também reiteraremos que a guerra nuclear não deve ser travada e não será vencida", continuou ele.
Pequim vai pedir esforços em oposição a ataques a instalações nucleares e qualquer forma de uso de armas químicas ou biológicas em seu documento, disse Wang.
O gigante asiático espera que um cessar-fogo seja acertado na Ucrânia em breve e que Berlim aja de forma construtiva para avançar no processo de paz, disse Wang Yi ao chanceler alemão Olaf Scholz.
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"A China sempre esteve comprometida com a paz, defendendo a reconciliação, a promoção de negociações de paz, bem como um cessar-fogo precoce e o fim das hostilidades. Esperamos que a Alemanha desempenhe um papel construtivo e ajude a aliviar as tensões", disse Wang.
O diplomata chinês garantiu ao chanceler Scholz, à margem da Conferência de Segurança de Munique na sexta-feira (17), que a China vai continuar pressionando por negociações de paz na Ucrânia "por mais difícil que a situação possa ficar".
O funcionário alertou que uma crise prolongada aumentou os riscos para a Europa e tornou "incidentes" como as explosões de setembro passado nos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) sob o mar Báltico ainda mais prováveis. A Rússia chamou o incidente de ataque terrorista e exigiu uma investigação completa.
"Entendemos a preocupação dos países europeus com a crise ucraniana. À medida que a crise se arrasta, a Europa sofre cada vez mais danos e incidentes como as explosões do Nord Stream tendem a acontecer de tempos em tempos", disse ele.
Wang também disse que a China e a Alemanha devem unir forças para apoiar o livre comércio e proteger as cadeias de suprimentos globais. Ele sugeriu que a Europa e a Alemanha reconstruíssem totalmente os laços com seu país e reforçassem a cooperação mutuamente benéfica.
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