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Astrônomos afirmam que Via Láctea pode estar produzindo mais estrelas do que pensávamos

© Foto / NASA, ESA, Mario Livio (STScI), Hubble 20th Anniversary Team (STScI) O Telescópio Espacial Hubble da NASA capturou esta nuvem ondulante de gás interestelar frio e poeira subindo de um tempestuoso berçário estelar localizado na Nebulosa de Carina, a 7.500 anos-luz de distância na constelação do sul de Carina
O Telescópio Espacial Hubble da NASA capturou esta nuvem ondulante de gás interestelar frio e poeira subindo de um tempestuoso berçário estelar localizado na Nebulosa de Carina, a 7.500 anos-luz de distância na constelação do sul de Carina - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2023
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Em recente estudo, uma análise da luz mais energética da galáxia revelou que podemos estar enganados sobre as taxas de formação de estrelas na Via Láctea.
Divulgado na Science Alert e publicado na Astronomy & Astrophysics, o novo estudo analisou os raios gama produzidos pelo decaimento radioativo de isótopos produzidos durante a formação estelar que revelam que as estrelas estão se formando a uma taxa de quatro a oito vezes a massa do Sol por ano. A conclusão do estudo revela que a taxa é de duas a quatro vezes superior às estimativas atuais.
Liderado pelo astrofísico Thomas Siegert, da Universidade de Wurzburg, na Alemanha, a importância da descoberta nos ajuda a compreender melhor como as estrelas nascem e morrem, alterando a composição química geral da galáxia.
Estrelas são verdadeiras fábricas de elementos complexos do Universo. Seus núcleos são fornalhas nucleares, colidindo átomos para forjá-los em átomos cada vez maiores. Quando morrem, seus violentos estertores expelem esses elementos mais pesados para o espaço interestelar, que acabam flutuando em forma de nuvens ou são aglutinadas por novas estrelas que estão em formação. As explosões de supernova, de tão energéticas, também acabam forjando elementos ainda mais pesados que seus núcleos não poderiam suportar.
Através da observação da radiação gama resultante do processo de morte e nascimento de estrelas a partir da observação de uma partícula chamada de alumínio-26, os astrônomos puderam estimar a taxa na qual as estrelas que geram o isótopo se formam e morrem na Via Láctea, e assim utilizar os dados produzidos para determinar uma taxa de geração de estrelas.
O sol emitiu uma explosão de classe M (nível moderado) no dia 25 de setembro de 2011 que enviou uma nuvem de plasma acima do Sol, mas boa parte dela pareceu cair de volta para a fonte de lançou - Sputnik Brasil, 1920, 27.02.2023
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As estimativas atuais para a taxa de formação de estrelas da Via Láctea situam-se em cerca de dois sóis de material convertido em estrelas a cada ano. Como a maioria das estrelas na Via Láctea é muito menos massiva que o Sol, estima-se que seja em média cerca de seis ou sete estrelas por ano.
Com o novo modelo estabelecido por Siegert e seus colegas, foi possível recalcular a taxa de produção desse mecanismo e notar a abundância da luz observada. Eles descobriram que o melhor ajuste é uma taxa de formação estelar de cerca de quatro a oito massas solares por ano; ou até cerca de 55 estrelas por ano.
Ainda há espaço para melhorias nessa estimativa uma vez que os modelos não tenham conseguido reproduzir completamente a radiação gama da Via Láctea como é observada atualmente e a distância da fonte de raios gama pode alterar a estimativa final. Pela dificuldade em medir a estimativa com precisão, a pesquisa observou apenas um intervalo para a taxa de formação estelar, em vez de uma massa específica.
O novo método, no entanto, se mostrou promissor para que tenhamos uma melhor compreensão de como a Via Láctea produz novas estrelas.
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