Alemanha adverte China a não enviar armas à Ucrânia: 'Use influência para Moscou retirar tropas'
12:16 02.03.2023 (atualizado: 12:25 02.03.2023)
© AP Photo / Markus SchreiberO chanceler alemão, Olaf Scholz, faz seu discurso no parlamento alemão Bundestag marcando o primeiro aniversário da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia e sua proclamação de um 'ponto de virada' para a política de segurança alemã, em Berlim, Alemanha, 2 de março de 2023
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Líder alemão deixou claro que Berlim continuará a enviar ajuda e armas para Kiev, mas condena qualquer envio por parte de Pequim para Rússia. Nesta sexta-feira (3), Scholz se encontrará com Biden em Washington.
Em discurso ao Parlamento alemão hoje (2), o chanceler Olaf Scholz pediu para a China não enviar armas para Ucrânia. Scholz declarou estar decepcionado com o fato de Pequim ter se abstido de condenar a operação russa, mas pediu que o governo de Xi Jinping ajudasse no diálogo com a Rússia.
"Minha mensagem para Pequim é clara: use sua influência em Moscou para exigir a retirada das tropas russas, e não forneça armas ao agressor russo", afirmou Scholz segundo o site Euronews.
Além de fazer o apelo à China, reafirmou que Berlim continuará a enviar armas para Kiev.
"É claro que vamos ajudar a Ucrânia a alcançar a paz [...] é por isso que estamos discutindo com governo ucraniano e outros parceiros futuros compromissos de segurança para a Ucrânia [...], mas as promessas de segurança pressupõem imperativamente que a Ucrânia se defenderá com sucesso nesta guerra", argumentou o chanceler, acrescentando que a Alemanha continuaria sua ajuda militar ao país do Leste Europeu.
Scholz se encontrará com Joe Biden na Casa Branca amanhã (3), para tratar assuntos relativos à energia e a Moscou: "A questão permanece: [Vladimir] Putin está pronto para negociar um retorno aos princípios e uma paz justa? No momento, não há nada que sugira isso", complementou.
O pedido alemão a Pequim se junta à ameaça norte-americana feita no último dia 26 de que se a China entregasse armas à Rússia, os Estados Unidos "não vão hesitar" em sancionar empresas e indivíduos chineses.