Ao lançar novo Bolsa Família, Lula diz que economia 'não cresceu nada' em 2022 e critica Petrobras
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Cerimônia de lançamento do Novo Bolsa Família no Palácio do Planalto, Brasília, 2 de março de 2023
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0
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Em discurso no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (2), mandatário afirmou que Brasil precisa de investimentos e criticou a distribuição recorde de dividendos pela Petrobras a acionistas no ano passado: "Não foi para isso que descobrimos o pré-sal".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (2) que em 2022 a economia brasileira "não cresceu nada" e que o desafio é fazer com que a história não se repita, para isso, é preciso que o Brasil faça investimentos.
"A economia brasileira não cresceu nada, nada no ano passado. Então, o desafio que nós temos agora é fazer a economia voltar a crescer. E nós temos que fazer investimento. Não permitir que nenhuma obra continue paralisada neste país", afirmou Lula citado pelo G1.
O presidente chegou a comentar sobre a divulgação do crescimento de 2,9% do PIB em 2022, mas de acordo com o IBGE, foi registrada uma desaceleração gradual no segundo semestre.
"Tem que vir uma política de crescimento econômico, de geração de empregos e de transferência de renda através do salário que é o que importa para o trabalhador", afirmou Lula ao discursar durante cerimônia de relançamento do Bolsa Família.
No mesmo evento, o mandatário ainda criticou a distribuição recorde de dividendos pela Petrobras aos acionistas, que foi no valor de R$ 215,8 bilhões.
"A Petrobras, ao invés de investir, ela resolveu agraciar os acionistas minoritários com R$ 215 bilhões. Teve um lucro de R$ 195 bilhões. E quanto foi o investimento da Petrobras? Quase nada. Porque a Petrobras, que no nosso tempo era uma empresa de desenvolvimento do nosso país, agora é uma empresa exportadora de óleo cru. Não foi para isso que nós descobrimos o pré-sal", provocou o presidente.
Ainda segundo a mídia, o petista e seus ministros têm pressionado por mudanças na distribuição, que no Planalto é classificada como "predatória" e atribuída ao ex-ministro da Fazenda, Paulo Guedes.
"[...] As empresas brasileiras, os bancos brasileiros, têm que pensar primeiro nesse país, para depois pensar nos seus lucros ou pensar nos seus acionistas", complementou.
Hoje (2), o mandatário assinou a medida provisória que institui o novo Bolsa Família. De acordo com o governo, os valores do programa serão: pelo menos R$ 600 por família, com R$ 150 adicionais para cada criança de até seis anos; R$ 50 adicionais para crianças com mais de sete anos e jovens com menos de 18 e R$ 50 adicionais para gestantes, segundo a mídia.