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Tragédia dos Yanomamis chega à Europa e impacta acordo entre UE e Mercosul
Tragédia dos Yanomamis chega à Europa e impacta acordo entre UE e Mercosul
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Em reunião que acontecerá na terça-feira (7) em Buenos Aires, a União Europeia colocará formalmente na mesa a exigência de que o acordo tenha clausulas mais... 04.03.2023, Sputnik Brasil
2023-03-04T09:55-0300
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A triste tragédia dos yanomamis – morrendo de fome, doentes e contaminados por mercúrio de garimpo – causou impacto também na Europa, e reforçou as exigências de bom número de organizações não governamentais europeias (ONGs) que na verdade não querem acordo comercial, de acordo com o jornal Valor Econômico.Além da proteção indígena, o documento de base europeu mencionará compromissos envolvendo combate a mudança climática, biodiversidade, proteção das florestas, direitos trabalhistas e sociais.Em 2019, quando o capítulo sobre desenvolvimento sustentável foi concluído, há menção basicamente de promover o papel dos povos indígenas nas cadeias de abastecimento sustentáveis em produtos florestais e cooperação em projetos sociais, no entanto, o texto não era tão rigoroso com políticas exclusivamente indígenas.Apesar do bloco europeu estar com pressa para finalmente ratificar o arrastado acordo (que já dura três anos), motivação explicitada recentemente pelo chanceler português, João Gomes Cravinho e em janeiro pelo chefe de política externa do bloco, Joseph Borrell, o acordo ainda encontra resistência.No Parlamento Europeu, um bom número de deputados tem indicado que o instrumento adicional na área ambiental precisa incluir sanções se compromissos não forem respeitados, por exemplo se o Brasil não reduzir o desmatamento.No caso, o acordo já teria um mecanismo específico de solução de controvérsias. Se a UE ou o Mercosul considerarem que a outra parte não respeita as regras, pode acionar o mecanismo e a formação de um grupo de especialista independentes para examinar o conflito e um relatório com recomendações. No entanto, relata o jornal, isso é considerado como insuficientes por opositores ao acordo.
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união europeia, mercosul, ratificação, acordo de livre comércio, josep borrell, joão gomes cravinho, yanomami, terras indígenas, povos indígenas, meio ambiente
Tragédia dos Yanomamis chega à Europa e impacta acordo entre UE e Mercosul
Em reunião que acontecerá na terça-feira (7) em Buenos Aires, a União Europeia colocará formalmente na mesa a exigência de que o acordo tenha clausulas mais rigorosas sobre questões indígenas. Pacto, que está há três anos para ser ratificado, pode ser ainda mais arrastado com novas exigências.
A
triste tragédia dos yanomamis – morrendo de fome, doentes e contaminados por mercúrio de garimpo –
causou impacto também na Europa, e reforçou as exigências de bom número de organizações não governamentais europeias (ONGs) que na verdade
não querem acordo comercial, de
acordo com o jornal Valor Econômico.
Além da proteção indígena, o documento de base europeu mencionará compromissos envolvendo combate a mudança climática, biodiversidade, proteção das florestas, direitos trabalhistas e sociais.
Em 2019, quando o capítulo sobre desenvolvimento sustentável foi concluído, há menção basicamente de promover
o papel dos povos indígenas nas cadeias de abastecimento sustentáveis em produtos florestais e cooperação em projetos sociais, no entanto, o texto não era tão rigoroso com políticas exclusivamente indígenas.
Apesar do bloco europeu estar com pressa para finalmente ratificar o arrastado acordo (que já dura três anos), motivação explicitada recentemente pelo chanceler português,
João Gomes Cravinho e
em janeiro pelo chefe de política externa do bloco,
Joseph Borrell, o acordo ainda encontra resistência.
No Parlamento Europeu, um bom número de deputados tem indicado que o instrumento adicional na área ambiental
precisa incluir sanções se compromissos não forem respeitados, por exemplo
se o Brasil não reduzir o desmatamento.
No caso, o acordo
já teria um mecanismo específico de solução de controvérsias. Se a UE ou o Mercosul considerarem que a outra parte não respeita as regras, pode acionar o mecanismo e a formação de um grupo de especialista independentes para examinar o conflito e um relatório com recomendações. No entanto, relata o jornal, isso é considerado como insuficientes
por opositores ao acordo.