Novos avanços da China e da Rússia no setor de segurança alarmam os Estados Unidos, diz mídia
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O Exército chinês implanta mísseis de velocidade hipersônica a uma taxa que representa uma ameaça crescente de ataques nucleares e convencionais contra os EUA, disse ao Congresso norte-americano um alto funcionário da Agência de Inteligência de Defesa, citado pelo The Washington Times.
A China desenvolveu e colocou em serviço vários tipos de mísseis hipersônicos, incluindo aqueles que manobram em direção a alvos a mais de cinco vezes a velocidade do som para evitar a detecção, disse o pesquisador-chefe da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, Paul F. Freisthler.
Apesar das tentativas do Pentágono de acompanhar o ritmo do país asiático, os EUA agora estão vulneráveis a um ataque inesperado com mísseis capazes de atingir alvos sem qualquer aviso prévio, disseram autoridades do Pentágono. Mísseis hipersônicos podem reduzir o tempo de ataque de longo alcance de 30 para 15 minutos, de acordo com informações apresentadas no subcomitê de Forças Estratégicas da Câmara.
"Nas últimas duas décadas, a China fez progressos espetaculares no desenvolvimento de tecnologias e capacidades de mísseis hipersônicos convencionais e nucleares por meio de investimento, desenvolvimento, teste e implantação intensos e concentrados", disse Freisthler ao The Washington Times.
O presidente do subcomitê, o republicano do Colorado, Doug Lamborn, também confirmou a situação preocupante para os EUA. Segundo ele, os EUA estão atrasados no desenvolvimento de mísseis hipersônicos e temem que o país não faça o suficiente para fechar a lacuna. Ele enfatiza que outros países estão avançando nessa área mais rapidamente do que os EUA.
A China está construindo cerca de 21 túneis de vento para que seus mísseis hipersônicos sejam testados, mostrando a dimensão significativa do programa de mísseis hipersônicos do país. Enquanto isso, o Pentágono, o Departamento de Energia e a NASA, juntos, têm mais de 20 túneis de vento, 14 dos quais foram construídos na década de 1970 e podem estar desatualizados para testes e construção de sistemas hipersônicos, continuaram os funcionários.
Da mesma forma, a China não é o único adversário dos EUA que tem conquistas significativas nessa tecnologia. A Rússia também implantou recentemente três mísseis hipersônicos, chamados Kinzhal e Tsirkon, bem como uma nova variante do míssil balístico SS-19, que pode voar a mais de 24.140 quilômetros por hora.
A Rússia espera expandir seu arsenal de mísseis hipersônicos estratégicos nos próximos anos, implantando planadores hipersônicos, como o novo míssil balístico intercontinental Sarmat. Eles acrescentam na declaração que a Rússia está desenvolvendo outro míssil hipersônico aerotransportado de longo alcance, o X-95.
"No contexto da competição estratégica, os eventos dos últimos anos demonstram inequivocamente que nossos concorrentes estão desenvolvendo capacidades destinadas a colocar em perigo a pátria dos Estados Unidos", disse Freisthler.
