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Haddad vê espaço para baixar juros e diz que quebra de bancos nos EUA não deve gerar crise sistêmica

© Folhapress / Ton Molina O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (SP) durante reunião em Brasília, 28 de dezembro de 2022
 O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (SP) durante reunião em Brasília, 28 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 13.03.2023
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Apesar do pessimismo do mercado que já apresenta desvalorização do dólar, Fernando Haddad acredita que saída possa estar na taxa de juros e em investimentos mais seguros.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (13) que não vê risco de uma crise sistêmica na economia global a partir das quebras de dois bancos nos Estados Unidos. De acordo com ele, mesmo em cenário de incerteza o Brasil tem "gordura" para viabilizar uma queda nos juros básicos da economia e evitar maiores consequências.
A crise de 2008, iniciada por outro evento envolvendo uma quebra sucessiva dos bancos norte-americanos, guarda semelhanças com o que está ocorrendo hoje no mercado financeiro dos EUA, com reflexo nas taxas de juros ao redor do mundo e tem despertado insegurança nos investidores.
Órgãos do setor financeiro nos Estados Unidos anunciaram neste domingo (12) o fechamento de dois bancos: o Signature Bank, com sede em Nova York; e o Silicon Valley Bank (SVB), que costumava financiar startups.
A incerteza e a aversão ao risco costumam redirecionar o dinheiro para investimentos considerados mais seguros, de menor retorno como aplicações no tesouro direto, por exemplo.
Ao comentar o caso do SVB durante uma live promovida pelo Valor Econômico em parceria com O Globo, Haddad afirmou que esse é um banco regional, com carteira "descasada" do restante do sistema financeiro.
"Aparentemente, não [vai gerar crise sistêmica]. Não vi ninguém tratar como Lehman Brothers, é grave o que aconteceu", declarou o ministro.
Prédio do Banco de Reserva Federal de Nova York em Manhattan, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 13.03.2023
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De acordo com o G1, Haddad também afirmou que espera ver a reforma tributária aprovada pelo Congresso até outubro – e, apesar do possível cenário de crise, descartou a volta de um imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O ministro afirmou ainda que está em diálogo aberto com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e que durante o decorrer do dia devem pensar em providências para mitigar os possíveis efeitos da crise.
"Isso não está claro ainda, vamos acompanhar ao longo do dia. Eu e Galípolo [secretário-executivo do Ministério da Fazenda], que também veio do sistema financeiro, estamos em sintonia fina com os bancos brasileiros. Falei com dois banqueiros hoje, e com o BC. Vamos ter mais clareza ao longo do dia", afirmou Haddad.
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