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AUKUS em ação: Biden anuncia lançamento de plano para entrega de submarinos nucleares à Austrália

© AP Photo / Stefan RousseauO primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, à direita, o presidente norte-americano Joe Biden e o primeiro-ministro da Austrália Anthony Albanese, à esquerda, reunidos na base naval de Point Loma em San Diego, EUA, em 13 de março de 2023, no quadro do AUKUS, o pacto trilateral de segurança entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA.
O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, à direita, o presidente norte-americano Joe Biden e o primeiro-ministro da Austrália Anthony Albanese, à esquerda, reunidos na base naval de Point Loma em San Diego, EUA, em 13 de março de 2023, no quadro do AUKUS, o pacto trilateral de segurança entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA. - Sputnik Brasil, 1920, 14.03.2023
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O presidente dos EUA Joe Biden anunciou a entrega de pelo menos três submarinos nucleares à Austrália nos próximos anos no âmbito do pacto AUKUS entre a Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, dizendo que não está preocupado com a opinião chinesa sobre essa questão.
Discursando com Rishi Sunak e Anthony Albanese, primeiros-ministros do Reino Unido e da Austrália respectivamente, na segunda-feira (13) nos EUA, Biden descreveu os países como "dois dos aliados mais firmes e capazes da América", que "compartilham uma visão comum".
"[Os EUA] não podem pedir melhores parceiros no Indo-Pacífico", informou.
Biden disse que os EUA vão começar a construir três submarinos de ataque de propulsão nuclear da classe Virginia e os entregar para a Austrália "a partir do início dos anos 2030, com a opção de Camberra comprar mais dois".

"Estes submarinos são [...] movidos a energia nuclear, não são armados", afirmou Biden. "Estes navios não terão armas nucleares de qualquer tipo".

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Nos anos posteriores, os EUA e o Reino Unido vão estabelecer uma presença rotativa de seus submarinos nucleares na Austrália para ajudar no treinamento de manutenção, acrescentou o presidente norte-americano.
"O objetivo final é iniciar a construção de uma nova classe de submarinos nucleares armados com armas convencionais a serem operados tanto pela Marinha britânica quanto pela australiana, e com algumas partes compartilhadas com submarinos americanos – um programa chamado SSN AUKUS", declarou Biden.
O presidente dos EUA disse que não estava preocupado com o fato de a China considerar a aliança AUKUS como agressiva, ante seus planos de desenvolver submarinos de propulsão nuclear.
Ao mesmo tempo, o presidente acrescentou que planeja falar com o presidente chinês Xi Jinping em breve, embora não tenha indicado uma data concreta.
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Albanese e Sunak observaram que a sua participação no programa resultou em novos e massivos orçamentos de defesa, com o primeiro-ministro australiano dizendo que a aliança AUKUS representa "o maior investimento no compromisso de defesa da Austrália em toda nossa história".
Ele também notou que é a segunda vez que os Estados Unidos compartilham suas tecnologias nucleares.
O primeiro-ministro britânico Sunak, por sua vez, disse que o Reino Unido vai adicionar £ 5 bilhões (R$ 31,9 bilhões) extra ao seu orçamento de Defesa, aumentando-o para 2,5% do PIB.
Isso, segundo ele, vai garantir que o Reino Unido seguirá sendo "uma das principais potências militares do mundo".
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AUKUS em poucas palavras

O acordo sobre os submarinos foi anunciado pela primeira vez em setembro de 2021, junto com a criação do próprio bloco trilateral.
A aliança está focada no compartilhamento da capacidade militar, incluindo inteligência cibernética, inteligência artificial e tecnologias quânticas, mas também armas hipersônicas e os submarinos em questão, movidos a energia nuclear.
Embora a AUKUS afirme não se concentrar em nenhum adversário específico, ela é claramente, por sua estrutura e por comentários de suas nações integrantes, destinada a "dissuadir" a China na região do Indo-Pacífico.
O acordo causou controvérsia em todo o mundo porque a Austrália é um Estado livre de armas nucleares, não tendo sequer um programa nacional de energia nuclear, o que significa que toda a tecnologia deve ser importada e adaptada dos Estados Unidos.
Os submarinos da classe Virginia usam urânio militar como combustível, o que aumenta os temores de proliferação nuclear.
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