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TCU: FAB gastou R$ 134 milhões em artigos como bola de futebol nos EUA durante gestão Bolsonaro
TCU: FAB gastou R$ 134 milhões em artigos como bola de futebol nos EUA durante gestão Bolsonaro
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Tribunal investiga gastos exacerbados realizados pelas forças nos EUA entre 2018 e 2022. Caso da FAB aparece como exemplo para se analisar os R$ 19,048 bilhões... 23.03.2023, Sputnik Brasil
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Segundo informações contidas em relatório de auditoria preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU), a Força Aérea Brasileira (FAB), gastou – entre 2018 e 2022 – R$ 134 milhões para comprar 56 tipos de itens de uma mesma companhia na Flórida (EUA).A empresa, que não teve seu nome divulgado, foi contratada pela FAB para fornecer desde equipamentos de computação até livros e bolas de futebol aos militares, segundo o UOL.Os desembolsos foram realizados a partir da representação da força em Washington. O escritório fez uma sequência de pagamentos quase diários à empresa ao longo de cinco anos, o chamou a atenção de órgãos de fiscalização, relata a mídia.Na semana passada, foi divulgado que auditores do tribunal viajariam à capital norte-americana para investigar aquisições militares feitas durante o governo Bolsonaro, uma vez que há grande quantidade de transações e recusa dos militares em conceder acesso integral ao sistema de compras.Ainda de acordo com a mídia, a variedade de itens comprados pela Aeronáutica junto à mesma empresa ligou o alerta dos auditores porque a prática destoa do que seria possível negociar "em um mercado extremamente competitivo como o norte-americano". Para os técnicos, trata-se de "situação bastante peculiar".O contexto se agrava no caso específico da FAB porque a Aeronáutica insistiu para que fossem indicados os "tipos de dados" buscados pelos auditores do TCU no sistema interno, mas sem que os técnicos tivessem conhecimento dos dados produzidos.No relatório, a área técnica do tribunal frisou que "se pretende acessar dados que nas contratações realizadas no Brasil são públicos".Após o pedido detalhado da FAB para saber quais informações o TCU busca, o órgão judiciário disse que é observado uma "tentativa de inversão".Como o assunto abrange todas as forças, o Exército informou que tem "envidado todos os esforços para atender plenamente" às demandas do TCU, mobilizando "pessoal e tempo de diferentes setores". Já o Ministério da Defesa, a Marinha e a Aeronáutica não se manifestaram, relata a mídia.
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tcu, força aérea brasileira (fab), exército, marinha, aeronáutica, orçamento, gastos, eua
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TCU: FAB gastou R$ 134 milhões em artigos como bola de futebol nos EUA durante gestão Bolsonaro
11:25 23.03.2023 (atualizado: 11:31 23.03.2023) Tribunal investiga gastos exacerbados realizados pelas forças nos EUA entre 2018 e 2022. Caso da FAB aparece como exemplo para se analisar os R$ 19,048 bilhões gastos por escritórios do Exército, Marinha e Aeronáutica. De acordo com o órgão, militares resistem a dar informações.
Segundo informações contidas em relatório de auditoria preliminar do
Tribunal de Contas da União (TCU), a
Força Aérea Brasileira (FAB), gastou – entre 2018 e 2022 –
R$ 134 milhões para comprar 56 tipos de itens de uma mesma companhia na Flórida (EUA).
A empresa, que não teve seu nome divulgado, foi contratada pela FAB para fornecer desde equipamentos de
computação até livros e bolas de futebol aos militares,
segundo o UOL.
Os desembolsos foram realizados a partir da representação da força em Washington. O escritório fez uma sequência de pagamentos quase diários à empresa ao longo de cinco anos, o chamou a atenção de órgãos de fiscalização, relata a mídia.
Na semana passada, foi divulgado que auditores do tribunal viajariam à capital norte-americana para investigar aquisições militares feitas
durante o governo Bolsonaro, uma vez que há grande quantidade de transações e recusa dos militares em conceder acesso integral ao sistema de compras.
Ainda de acordo com a mídia, a variedade de itens comprados pela Aeronáutica junto à mesma empresa ligou o alerta dos auditores porque a prática destoa do que seria possível negociar "em um mercado extremamente competitivo como o norte-americano". Para os técnicos, trata-se de "situação bastante peculiar".
O contexto se agrava no caso específico da FAB
porque a Aeronáutica insistiu para que fossem indicados os
"tipos de dados" buscados pelos auditores do TCU no sistema interno, mas sem que os técnicos tivessem conhecimento dos dados produzidos.
No relatório, a área técnica do tribunal frisou que "se pretende acessar dados que nas contratações realizadas no Brasil são públicos".
"Pretende-se acessar dados que, nos termos da Lei de Acesso à Informação [LAI], são considerados públicos e objeto de transparência ativa, ou seja, deveriam estar disponíveis a qualquer interessado, e não apenas aos órgãos de controle."
Após o pedido detalhado da FAB para saber quais
informações o TCU busca, o órgão judiciário disse que é observado uma "
tentativa de inversão".
"Observa-se uma tentativa de inversão de papéis entre órgão fiscalizador e órgão auditado. Em vez de a equipe de auditoria selecionar e obter os dados de interesse para a fiscalização com base no conhecimento do objeto auditado, é o órgão auditado quem está se colocando para fazê-lo", frisa o documento.
Como o assunto abrange todas as forças, o Exército informou que tem "envidado todos os esforços para atender plenamente" às demandas do TCU, mobilizando "pessoal e tempo de diferentes setores". Já o Ministério da Defesa, a Marinha e a Aeronáutica não se manifestaram, relata a mídia.