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Rússia não deve salvar novamente os EUA da desintegração, diz secretário do Conselho de Segurança
Rússia não deve salvar novamente os EUA da desintegração, diz secretário do Conselho de Segurança
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Nikolai Patrushev descreveu de forma altamente negativa as ações dos EUA, particularmente contra a Rússia, razão pela qual não considera prático que Moscou... 27.03.2023, Sputnik Brasil
2023-03-27T16:14-0300
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A Rússia ajudou os EUA a evitar o colapso duas vezes nos séculos XVIII e XIX, mas não é aconselhável fazer o mesmo agora, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança russo, ao jornal russo Rossiyskaya Gazeta.Patrushev observou em uma entrevista publicada na segunda-feira (27) que a cultura russa é "baseada na espiritualidade, compaixão e misericórdia", mas, em sua opinião, "desta vez não é apropriado ajudar os Estados Unidos a preservar sua integridade"."A Rússia é uma defensora histórica da soberania e do Estado de qualquer nação que tenha se voltado para ela em busca de ajuda. Ela salvou os próprios EUA pelo menos duas vezes, durante a Guerra da Independência [1775-1783] e a Guerra Civil [1861-1865]", disse ele, e apoiou a tese de que os EUA têm muitas contradições internas, principalmente entre os democratas e os republicanos.Sistema de WashingtonPatrushev descreveu como problema dos EUA a preocupação com "jogos geopolíticos", em que o país se esqueceu de "seus próprios problemas urgentes"."Enquanto os EUA estão inventando novos vírus em seus laboratórios militares-biológicos para destruir os povos de países não desejados, cidades americanas outrora limpas estão se afogando em sujeira e lixo", acrescentou.Além disso, de acordo com Patrushev, "a pirâmide financeira americana construída às custas da prensa de impressão dá falhas tangíveis vez após vez". Todos os problemas, em suas palavras, "são tapados com dinheiro", mas este modelo "não pode funcionar para sempre".O membro do Conselho de Segurança espera que tanto a "queda da confiança no dólar não apoiada por bens reais" quanto a especulação no mercado de ações levem os EUA a uma crise poderosa.Sentimento anti-americanoPara ele, não há dúvida de que mais cedo ou mais tarde os vizinhos do sul dos EUA retomarão os territórios roubados deles.Ele afirmou que os líderes latino-americanos estão conscientes do "papel destrutivo" do país, citando como um dos "muitos exemplos" o estabelecimento da base em Guantánamo, Cuba."Ao proclamar slogans democráticos aqui e ali, na prática Washington se tornou há muito tempo campeão na violação da soberania dos Estados, no número de guerras e conflitos desencadeados, na caça brutal e ilegal de cidadãos de outros países."O funcionário do governo russo disse que o país acolheria com o agrado se os EUA realmente decidirem avançar em direção à democracia e parar de humilhar seus aliados vassalos.Ele também vê um colapso da União Europeia "ao virar da esquina"."[...] Os europeus não tolerarão esta superestrutura supranacional, que não só não consegue justificar sua existência, como os empurra para um conflito aberto com a Rússia", de acordo com Patrushev.Patrushev: Ocidente está contra a Rússia e usa a Ucrânia para esse objetivoQuanto à Ucrânia, declarou, os EUA e o Reino Unido estão a usando para semear um conflito pan-europeu ou mesmo global com impunidade para ganhar dinheiro com ele.O membro do Kremlin crê que Washington "está igualmente descontente com a estabilidade na Ásia, que se formou em resultado da Segunda Guerra Mundial e dos movimentos de libertação", e que a estratégia dos EUA no Indo-Pacífico é tentar criar uma OTAN asiática dirigida contra a China e a Rússia, e também para pacificar os Estados agora independentes".
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américas, rússia, eua, rossiyskaya gazeta, nikolai patrushev, guerra civil americana, guerra civil, guantánamo, cuba, ucrânia, reino unido, união soviética, segunda guerra mundial
Rússia não deve salvar novamente os EUA da desintegração, diz secretário do Conselho de Segurança
Nikolai Patrushev descreveu de forma altamente negativa as ações dos EUA, particularmente contra a Rússia, razão pela qual não considera prático que Moscou tente salvar uma queda do país norte-americano.
A Rússia ajudou os EUA a evitar o colapso duas vezes nos séculos XVIII e XIX, mas não é aconselhável fazer o mesmo agora, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança russo, ao jornal russo Rossiyskaya Gazeta.
Patrushev
observou em uma entrevista publicada na segunda-feira (27) que a cultura russa é "baseada na espiritualidade, compaixão e misericórdia", mas, em sua opinião, "desta vez não é apropriado ajudar os Estados Unidos a preservar sua integridade".
"A Rússia é uma defensora histórica da soberania e do Estado de qualquer nação que tenha se voltado para ela em busca de ajuda. Ela
salvou os próprios EUA pelo menos duas vezes, durante a Guerra da Independência [1775-1783] e a Guerra Civil [1861-1865]", disse ele, e apoiou a tese de que os EUA têm
muitas contradições internas, principalmente entre os democratas e os republicanos.
Patrushev descreveu como problema dos EUA a preocupação com "jogos geopolíticos", em que o país se esqueceu de "seus próprios problemas urgentes".
"Enquanto os EUA estão inventando novos vírus em seus laboratórios militares-biológicos para destruir os povos de países não desejados, cidades americanas outrora limpas estão se afogando em sujeira e lixo", acrescentou.
Além disso, de acordo com Patrushev, "a pirâmide financeira americana
construída às custas da prensa de impressão dá falhas tangíveis vez após vez". Todos os problemas, em suas palavras, "são tapados com dinheiro", mas este modelo "não pode funcionar para sempre".
O membro do Conselho de Segurança espera que tanto a "queda da confiança no dólar não apoiada por bens reais" quanto a especulação no mercado de ações levem os EUA a uma crise poderosa.
Sentimento anti-americano
Para ele, não há dúvida de que mais cedo ou mais tarde os vizinhos do sul dos EUA retomarão os territórios roubados deles.
"Os EUA ganharam um grande status de poder pelas conquistas econômicas baseadas em ações cínicas para confiscar territórios, recursos, explorar povos e lucrar com as misérias militares de outras nações. Ao mesmo tempo, permaneceu uma colcha de retalhos que pode facilmente se desmoronar pelas costuras. Digamos, como aconteceu originalmente, se dividirão no Norte e Sul", anteviu.
Ele afirmou que
os líderes latino-americanos estão conscientes do "papel destrutivo" do país, citando como um dos "muitos exemplos" o estabelecimento da base em Guantánamo, Cuba.
"Ao proclamar slogans democráticos aqui e ali, na prática Washington se tornou há muito tempo campeão na violação da soberania dos Estados, no número de guerras e conflitos desencadeados, na caça brutal e ilegal de cidadãos de outros países."
O funcionário do governo russo disse que o país acolheria com o agrado se os EUA realmente decidirem avançar em direção à democracia e parar de humilhar seus aliados vassalos.
Ele também vê um colapso da União Europeia "ao virar da esquina".
"[...] Os europeus não tolerarão esta superestrutura supranacional, que não só não consegue justificar sua existência, como os empurra para um conflito aberto com a Rússia", de acordo com Patrushev.
Patrushev: Ocidente está contra a Rússia e usa a Ucrânia para esse objetivo
Quanto à Ucrânia, declarou,
os EUA e o Reino Unido estão a usando para semear um conflito pan-europeu ou mesmo global com impunidade para ganhar dinheiro com ele.
"Recordemos como estes mesmos anglo-saxões fomentaram os nazistas nos anos 1930, na esperança de virá-los contra a União Soviética. Tendo ganho dividendos financeiros e geopolíticos no final da Segunda Guerra Mundial, hoje Washington e Londres estão encorajando novamente o nazismo e o fascismo. Usando a Ucrânia, eles não se importam de agitar um conflito pan-europeu ou mesmo global, imaginando que podem escapar impunes", anteviu.
O membro do Kremlin crê que Washington "está igualmente descontente com a estabilidade na Ásia, que se formou em resultado da Segunda Guerra Mundial e dos movimentos de libertação", e que a estratégia dos EUA no Indo-Pacífico é tentar criar uma OTAN asiática dirigida contra a China e a Rússia, e também para pacificar os Estados agora independentes".