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Pequim ameaça retaliar se líder de Taiwan se encontrar com chefe da Câmara dos Representantes de EUA

© AFP 2023 / WANG ZHAOBandeiras nacionais da China e dos EUA tremulam na entrada de um prédio de escritórios em Pequim, 19 de janeiro de 2020
Bandeiras nacionais da China e dos EUA tremulam na entrada de um prédio de escritórios em Pequim, 19 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2023
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O governo chinês ameaçou retaliar se a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se reunir com o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA nesta semana, dizendo que seria uma "provocação", declarou a porta-voz do Gabinete de Conselho da China para as Relações Exteriores de Taiwan, Zhu Fenglian.
A delegação taiwanesa está indo em uma viagem de dez dias para a Guatemala e Belize através dos Estados Unidos. Espere-se que Tsai se encontre com o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, mas não houve confirmação oficial.

"As autoridades de Taiwan constantemente inventam desculpas, usam todas as oportunidades para realizar seus interesses 'independentistas'. Essa viagem de trânsito da líder taiwanesa é de fato um ato provocativo, uma busca pela assistência dos EUA para a realização da independência", disse Zhu Fenglian.

Segundo ela, o "trânsito" de Tsai Ing-wen não vai parar no aeroporto ou no hotel, por estar procurando desculpas para se comunicar com vários funcionários dos EUA, membros do Congresso, "para entrar em conluio com forças estrangeiras antichinesas".

"Se ela se encontrar com McCarthy, será outra provocação que viola seriamente o princípio Uma Só China, prejudica a soberania e a integridade territorial da China e destrói a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan", afirmou a porta-voz.

"Nós nos opomos firmemente a isso e definitivamente tomaremos medidas para revidar resolutamente", enfatizou Zhu.
A situação em torno de Taiwan piorou depois que a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto. Pequim condenou a viagem de Pelosi, que considerou um gesto de apoio ao independentismo, e lançou exercícios militares em larga escala nas proximidades da ilha.
Apesar disso, vários países, incluindo França, Estados Unidos, Japão e outros, enviaram suas delegações à ilha, aumentando ainda mais as tensões no estreito de Taiwan.
A liderança chinesa afirma repetidamente seu desejo de reunificação pacífica com Taiwan, mas nunca promete renunciar ao uso da força militar, se necessário. A China reivindica Taiwan, cuja independência nunca reconheceu, sublinhando que elas estão destinadas à reunificação um dia.
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