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Após proibir leitura, Exército Brasileiro ameaça punir quem celebrar aniversário do golpe militar
Após proibir leitura, Exército Brasileiro ameaça punir quem celebrar aniversário do golpe militar
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Atenção da força estaria focada em um almoço que vai ocorrer no Clube Militar do Rio de Janeiro hoje, dia 31 de março. Nesta data, há 59 anos atrás, a ditadura... 31.03.2023, Sputnik Brasil
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No começo deste mês, o comandante do Exército general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, determinou que este ano não haveria leitura da Ordem do Dia alusiva a hoje, 31 de março, aniversário do golpe militar no Brasil, uma vez que julga que "o normal era não existir" a leitura, conforme noticiado.Agora, o comandante afirmou a interlocutores que não só está vetada a ação como a força punirá oficiais que comemorarem o aniversário do golpe militar ou participarem de eventos organizados por militares da reserva, segundo a Folha de São Paulo.De acordo com relatos feitos à mídia, a orientação foi repassada a oficiais-generais. A principal preocupação está com os movimentos entre reservistas no Rio de Janeiro, uma vez que o Clube Militar promove o evento "Movimento Democrático de 1964", com ingresso a R$ 90 para um almoço e restrito a sócios e convidados.O evento conta muitas vezes com a presença de oficiais da ativa, especialmente pelo fato de reservistas terem familiares em atividade na força. A Ordem do Dia relativa à comemoração da data não é lida desde o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), mas a celebração foi retomada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já no seu primeiro ano de governo, em 2019.A iniciativa de punir quem comemorar a data não acontece necessariamente por orientação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a Tomás Paiva, mas o plano de ignorar a data sim, o qual também foi acertado com Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica), em conversas informais, segundo a mídia.Ao mesmo tempo, ignorar a data e reforçar uma possível punição também foi uma forma encontrada pela Defesa para evitar desgaste com o Palácio do Planalto, já que o atual líder, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve em recente grande tensão com as Forças Armadas após as invasões do dia 8 de janeiro em Brasília. O período da ditadura no Brasil aconteceu de 1964 a 1985 e teve como resultado mais de 20 mil casos envolvendo tortura, mortes e desaparecimento.
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exército, golpe militar, tomás paiva, ministério da defesa, 1964, ditadura
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Após proibir leitura, Exército Brasileiro ameaça punir quem celebrar aniversário do golpe militar
10:10 31.03.2023 (atualizado: 10:15 31.03.2023) Atenção da força estaria focada em um almoço que vai ocorrer no Clube Militar do Rio de Janeiro hoje, dia 31 de março. Nesta data, há 59 anos atrás, a ditadura militar no Brasil começou e durou 21 anos.
No começo deste mês, o comandante do Exército
general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, determinou que este ano não haveria leitura da Ordem do Dia
alusiva a hoje, 31 de março, aniversário do golpe militar no Brasil, uma vez que julga que "o normal era não existir" a leitura,
conforme noticiado.
Agora, o comandante afirmou a interlocutores que não só está vetada a ação como a
força punirá oficiais que comemorarem o aniversário do golpe militar ou participarem de eventos organizados por militares da reserva,
segundo a Folha de São Paulo.
De acordo com relatos feitos à mídia, a orientação foi repassada a oficiais-generais. A principal preocupação está com os movimentos entre reservistas no Rio de Janeiro, uma vez que o Clube Militar promove o evento "Movimento Democrático de 1964", com ingresso a R$ 90 para um almoço e restrito a sócios e convidados.
O evento conta muitas vezes com a presença de oficiais da ativa, especialmente pelo fato de reservistas terem familiares em atividade na força.
A Ordem do Dia relativa à comemoração da data não é lida desde o governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), mas a celebração foi retomada pelo ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) já no
seu primeiro ano de governo, em 2019.
A iniciativa de punir quem comemorar a data não acontece necessariamente por orientação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a Tomás Paiva, mas o plano de ignorar a data sim, o qual também foi acertado com Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica), em conversas informais, segundo a mídia.
A pasta também confirmou ao jornal que não emitirá notas sobre o dia. "O ministério não divulgará nenhum comunicado ou ordem do dia sobre a data", disse a assessoria.
Ao mesmo tempo, ignorar a data e reforçar uma possível punição também foi uma forma encontrada pela Defesa
para evitar desgaste com o Palácio do Planalto, já que o atual líder, presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, esteve
em recente grande tensão com as
Forças Armadas após as invasões do dia 8 de janeiro em Brasília.
O período da ditadura no Brasil aconteceu de
1964 a 1985 e teve como resultado mais de
20 mil casos envolvendo tortura, mortes e desaparecimento.