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Rússia 'usa' com sucesso armas nucleares contra Ocidente sem lançar mísseis, diz analista britânico
Rússia 'usa' com sucesso armas nucleares contra Ocidente sem lançar mísseis, diz analista britânico
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O Kremlin usou com sucesso a retórica nuclear para impedir que o Ocidente tome medidas mais decididas para apoiar a Ucrânia, diz o pesquisador britânico Keir... 31.03.2023, Sputnik Brasil
2023-03-31T19:21-0300
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A maneira como a mídia ocidental apresentou as declarações feitas pelo presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada sobre implantação de armas nucleares em Belarus quase certamente foi uma surpresa muito agradável para Moscou e demonstrou como o Ocidente reage inadequadamente à "intimidação nuclear" do Kremlin, aponta cientista político britânico no seu artigo.De acordo com Giles, a Rússia em sua essência já "usou" as armas nucleares, sem lançar quaisquer mísseis, e usou com muito sucesso – de fato conseguiu com "ameaças vazias sobre ataques nucleares" impedir o Ocidente de fornecer à Ucrânia o apoio total na resistência às tropas russas.Segundo o especialista, a reação sensível dos países ocidentais às novas declarações do líder russo é obviamente excessiva, porque ele não disse nada de novo: os planos para colocar armas nucleares em território belarusso são divulgados pelo Kremlin desde meados do ano passado, então não há nenhuma surpresa, só nova informação sobre o momento específico dessa colocação.O especialista observou também que muitos meios de comunicação também informaram que o movimento de Moscou foi uma resposta à intenção do Reino Unido de entregar munições de urânio empobrecido a Kiev – mas isso também é um exagero: na versão mais recente da entrevista de Putin, ele reconhece que a implantação de armas táticas em Belarus estava planejada há muito tempo e foi iniciada fora do contexto da política de Londres.Giles aponta que Moscou desencorajou com sucesso o Ocidente de apoiar Kiev com a retórica nuclear não só devido a todas as declarações que Vladimir Putin fez desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia.Na verdade, esse sucesso foi o resultado de toda uma campanha em que foram usados todos os recursos de informação disponíveis para Moscou. Segundo o especialista, todos eles difundem uma única ideia – que é impossível confrontar a Rússia, porque tal confronto provocará uma guerra nuclear.Além disso, o sucesso desta "campanha" é evidenciado pelo menos pelo fato de que a retórica política interna no Ocidente sofreu mudanças: agora eles estão falando não sobre uma escalada controlada do conflito e não sobre como conter a Rússia, mas sobre como evitar a escalada de todo, enfatizou Giles. Ao mesmo tempo, embora as ameaças da Rússia se tenham revelado "vazias" até agora, existe ainda a possibilidade de Putin vir a realizar um ataque nuclear. Para reduzir essa probabilidade a zero, é necessário que os outros países reconsiderem radicalmente a política de contenção contra a Rússia, acredita o especialista.
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Rússia 'usa' com sucesso armas nucleares contra Ocidente sem lançar mísseis, diz analista britânico
O Kremlin usou com sucesso a retórica nuclear para impedir que o Ocidente tome medidas mais decididas para apoiar a Ucrânia, diz o pesquisador britânico Keir Giles. Como escreveu o especialista em um material na CNN, é hora de o Ocidente parar de responder aos avisos de Moscou de modo tão brusco.
A maneira como a mídia ocidental apresentou as declarações feitas pelo presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada sobre
implantação de armas nucleares em Belarus quase certamente foi uma surpresa muito agradável para Moscou e
demonstrou como o Ocidente reage inadequadamente à "intimidação nuclear" do Kremlin,
aponta cientista político britânico no seu artigo.
De acordo com Giles, a Rússia em sua essência já "usou" as armas nucleares, sem lançar quaisquer mísseis, e usou com muito sucesso – de fato conseguiu com "ameaças vazias sobre ataques nucleares" impedir o Ocidente de fornecer à Ucrânia o apoio total na resistência às tropas russas.
Segundo o especialista,
a reação sensível dos países ocidentais às novas declarações do líder russo é obviamente excessiva, porque ele não disse nada de novo: os planos para colocar armas nucleares em território belarusso são divulgados pelo Kremlin desde meados do ano passado,
então não há nenhuma surpresa, só nova informação sobre o momento específico dessa colocação.O especialista observou também que muitos meios de comunicação também informaram que o movimento de Moscou foi uma resposta
à intenção do Reino Unido de entregar munições de urânio empobrecido a Kiev – mas isso também é um exagero: na versão mais recente da entrevista de Putin,
ele reconhece que a implantação de armas táticas em Belarus estava planejada há muito tempo e foi iniciada fora do contexto da política de Londres.Na opinião do analista político, Moscou há muito que aprendeu que mencionar movimentos de forças pode produzir o efeito desejado, mesmo quando não há novos dados, porque "a memória do Ocidente coletivo é curta demais".
Giles aponta que Moscou desencorajou com sucesso o Ocidente de apoiar Kiev com a retórica nuclear não só devido a todas as declarações que Vladimir Putin fez desde o início da
operação militar especial russa na Ucrânia.
Na verdade, esse sucesso foi o resultado de toda uma campanha em que foram usados todos os recursos de informação disponíveis para Moscou. Segundo o especialista, todos eles difundem uma única ideia – que é impossível confrontar a Rússia, porque tal confronto provocará uma guerra nuclear.
Além disso, o sucesso desta "campanha" é evidenciado pelo menos pelo fato de que a retórica política interna no Ocidente sofreu mudanças: agora eles estão falando não sobre uma escalada controlada do conflito e não sobre como conter a Rússia, mas sobre como evitar a escalada de todo, enfatizou Giles.
"O resultado é Putin ter ficado com mãos livres."
Ao mesmo tempo, embora
as ameaças da Rússia se tenham revelado "vazias" até agora, existe ainda a possibilidade de Putin vir a realizar um ataque nuclear.
Para reduzir essa probabilidade a zero, é necessário que os outros países reconsiderem radicalmente a política de contenção contra a Rússia, acredita o especialista.