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Pela 1ª vez, China mantém submarino com armamento nuclear constantemente no mar

© AP Photo / Mark SchiefelbeinSubmarino nuclear tipo 094A da classe Jin da Marinha chinesa participa de um desfile naval para comemorar o 70º aniversário da fundação da Marinha chinesa no mar perto de Qingdao, na província de Shandong no leste da China, em 23 de abril de 2019.
Submarino nuclear tipo 094A da classe Jin da Marinha chinesa participa de um desfile naval para comemorar o 70º aniversário da fundação da Marinha chinesa no mar perto de Qingdao, na província de Shandong no leste da China, em 23 de abril de 2019. - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2023
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De acordo com um relatório do Pentágono, a China, pela primeira vez, mantém pelo menos um submarino de mísseis balísticos com armas nucleares constantemente no mar, o que aumenta a pressão sobre os Estados Unidos e seus aliados enquanto eles tentam combater o crescente Exército de Pequim, julga a Reuters.
Segundo especialistas, seis submarinos chineses da classe Jin carregando mísseis balísticos realizaram patrulhas "quase contínuas" desde a ilha de Hainan até o mar do Sul da China. Equipados com um novo míssil balístico de maior alcance, eles podem atingir os Estados Unidos continentais, de acordo com analistas.

"Mesmo que o acordo AUKUS disponibilize à Austrália posicionar seus primeiros submarinos de propulsão nuclear durante as próximas duas décadas, as constantes patrulhas chinesas com mísseis balísticos no mar aumentam a pressão sobre os recursos dos Estados Unidos e seus aliados à medida que intensificam as implantações ao estilo da Guerra Fria", diz o artigo.

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Segundo a publicação, as "patrulhas de dissuasão" lhes permitem ameaçar com a realização de um contra-ataque nuclear mesmo que os mísseis e sistemas terrestres sejam destruídos. Sob a doutrina nuclear clássica, isso dissuade um adversário de lançar um ataque inicial.

"Com um alcance estimado de mais de 10.000 quilômetros e carregando múltiplas ogivas, o [míssil de terceira geração chinês] JL-3 permite que a China atinja os Estados Unidos continentais a partir das águas costeiras chinesas pela primeira vez", cita o artigo um relatório do Pentágono.

Por sua vez, a Marinha dos EUA mantém cerca de duas dezenas de submarinos nucleares de ataque no Pacífico, inclusive em Guam e Havaí, de acordo com a Frota do Pacífico dos EUA.
No âmbito do acordo AUKUS, submarinos de propulsão nuclear dos EUA e do Reino Unido serão deslocados para a Austrália Ocidental a partir de 2027.
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Os Estados Unidos também possuem sensores no fundo marinho das principais vias marítimas para ajudar a detectar submarinos.
Segundo o especialista britânico Timothy Wright, a rápida expansão pela China de suas forças nucleares significa que os estrategistas norte-americanos devem enfrentar pela primeira vez dois "adversários nucleares", juntamente com a Rússia.

"Isso será motivo de preocupação para os Estados Unidos porque vai esticar as defesas dos EUA, vai manter mais alvos em risco, e eles vão precisar lidar com capacidades adicionais convencionais e nucleares", disse ele.

O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, à direita, durante conversações bilaterais com o presidente norte-americano Joe Biden na base naval de Point Loma em San Diego, EUA, na segunda-feira, 13 de março de 2023, como parte do AUKUS, um pacto trilateral de segurança entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA. - Sputnik Brasil, 1920, 14.03.2023
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