'Parte do agronegócio vive no século passado', diz presidente do PT
© Folhapress / Pedro LadeiraA presidente nacional do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
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Hoffmann citou empresas identificadas na lista suja do trabalho escravo, das quais mais da metade desenvolve atividades rurais.
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, criticou neste sábado (8) o agronegócio brasileiro pelas redes sociais dizendo que ele não tem nada de "pop", ou seja, "moderno", uma vez que ainda usa trabalho escravo.
Das 289 empresas lista suja do trabalho escravo, 172 são de atividades rurais. Parte do agro brasileiro vive no século passado lucrando em cima de trabalhadores, com desmatamento e agrotóxico. Não tem nada de pop nisso.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 8, 2023
Na quarta-feira (5), o Ministério do Trabalho e Emprego atualizou o Cadastro de Empregadores, mais conhecido como "lista suja" do trabalho escravo. Ao todo, constam 289 empregadores que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão, relata o G1.
"Estar na lista suja significa que o empregador submeteu trabalhadores à condição análoga à de escravo e o governo brasileiro reconheceu isso por meio da inspeção do trabalho. Esses empregadores tiveram a oportunidade de se defender no âmbito do processo administrativo e não tiveram êxito", explicou o chefe da Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Maurício Krepsky, citado pela mídia.
Os novos registros irrecorríveis de trabalho escravo identificados responsabilizam 109 pessoas físicas e 23 pessoas jurídicas em 19 unidades federativas diferentes. Minas Gerais é o estado que lidera, seguido por Goiás e Piauí.