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Twitter minimiza novas medidas do Ministério da Justiça e Dino sobe tom: 'Será obrigado a entender'
Twitter minimiza novas medidas do Ministério da Justiça e Dino sobe tom: 'Será obrigado a entender'
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Na segunda-feira (10), o Ministério da Justiça e Segurança Pública – representado pelo ministro Flávio Dino e a assessora Estela Aranha – tiveram uma reunião... 11.04.2023, Sputnik Brasil
2023-04-11T10:10-0300
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O encontro, que contou com outras plataformas (Meta - as atividades da Meta são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas-, Kwai, TikTok, WhatsApp, YouTube e Google), foi motivado para discutir medidas de prevenção e combate às ameaças de ataques em escolas. Entretanto, a posição do Twitter causou espanto ao governo brasileiro, segundo o Metrópoles.Em coletiva de imprensa depois da reunião, Dino afirmou que "praticamente todas" as plataformas foram receptivas com as determinações apresentadas pelo ministério, com uma exceção que não foi mencionada.O Twitter, representado por uma funcionária do departamento jurídico no Brasil e outra representante baseada nos Estados Unidos, disse que um perfil com foto de assassinos de crianças (perpetradores dos massacres em escolas) não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime.O perfil em si tem nomes e fotos dos autores do massacre de Suzano (SP), que assassinaram cinco estudantes e duas funcionárias de uma escola estadual no interior de São Paulo em 2019.O Ministério da Justiça defendeu que esses perfis devem ser excluídos por incentivar ataques e espalhar um clima de medo nas redes sociais. Já os representantes da rede social do bilionário Elon Musk argumentaram que não havia necessidade de excluí-los, uma vez que a mera existência dos perfis não contraria os "termos de uso" da rede social.Os perfis, elencados pelo governo, mostravam não só imagens de crianças agredidas, como ameaças e músicas enaltecendo ataques a escola, mas o Twitter ignorou as colocações, sublinha o G1.Diante da posição da rede social, Dino se irritou e argumentou que o Twitter não entendia a gravidade e dimensão do tema. O episódio foi citado pelo ministro durante a coletiva que procedeu a reunião, onde ele defendeu a responsabilização das empresas de tecnologia que não seguirem as determinações que serão definidas.Em entrevista ao Metrópoles, Dino subiu o tom ao falar da possibilidade de as plataformas não atenderem as demandas da pasta para combater ameaças de ataques em escolas.De acordo com o G1, tanto o portal quanto a BBC Brasil procuraram o Twitter para que comentasse o conteúdo violento contra crianças nas redes e recebeu como resposta um emoji de fezes.Musk publicou em 19 de março, nas redes sociais, que se alguém enviasse um e-mail para a assessoria de imprensa do Twitter, receberia o emoji como resposta.
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Twitter minimiza novas medidas do Ministério da Justiça e Dino sobe tom: 'Será obrigado a entender'
Na segunda-feira (10), o Ministério da Justiça e Segurança Pública – representado pelo ministro Flávio Dino e a assessora Estela Aranha – tiveram uma reunião com representantes do Twitter que terminou em clima de espanto e tensão.
O encontro, que contou com outras plataformas (
Meta - as atividades da Meta são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas-
, Kwai, TikTok, WhatsApp, YouTube e Google), foi motivado para discutir
medidas de prevenção e combate às ameaças de ataques em escolas. Entretanto, a posição do Twitter causou espanto ao governo brasileiro,
segundo o Metrópoles.
Em coletiva de imprensa depois da reunião, Dino afirmou que "praticamente todas" as plataformas foram receptivas com as determinações apresentadas pelo ministério, com uma
exceção que não foi mencionada.
O Twitter, representado por uma funcionária do departamento jurídico no Brasil e outra representante baseada nos Estados Unidos, disse que um perfil com foto de assassinos de crianças (perpetradores dos massacres em escolas) não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime.
O perfil em si tem nomes e fotos dos autores do massacre de Suzano (SP), que assassinaram cinco estudantes e duas funcionárias de uma escola estadual no interior de São Paulo em 2019.
O Ministério da Justiça defendeu que
esses perfis devem ser excluídos por incentivar ataques e espalhar um clima de medo nas redes sociais. Já os representantes da
rede social do bilionário Elon Musk argumentaram que não havia necessidade de excluí-los, uma vez que a mera existência dos perfis não contraria os "termos de uso" da rede social.
Os perfis, elencados pelo governo, mostravam não só imagens de crianças agredidas, como ameaças e músicas enaltecendo ataques a escola, mas o Twitter ignorou as colocações,
sublinha o G1.
Diante da posição da rede social, Dino se irritou e argumentou que o Twitter não entendia a gravidade e dimensão do tema. O episódio foi citado pelo ministro durante a coletiva que procedeu a reunião, onde ele defendeu a responsabilização das empresas de tecnologia que não seguirem as determinações que serão definidas.
"Uma [plataforma] veio alegar 'termos de uso' e eu deixei claro que os 'termos de uso' não se sobrepõem à Constituição, às leis e às vidas das crianças e adolescentes brasileiros", afirmou Dino. O ministro ainda ressaltou que será feito um "diálogo em separado" com os representantes da plataforma que teria agido com "menos receptividade", relata o Metrópoles.
Em entrevista ao Metrópoles, Dino subiu o tom ao falar da possibilidade de as plataformas não atenderem as demandas da pasta para combater ameaças de ataques em escolas.
"Volto a dizer, não é porque o governo quer, é porque a sociedade precisa. Se eles não entenderem, vão ser obrigados a entender", afirmou.
De acordo com o G1, tanto o portal quanto a BBC Brasil procuraram o Twitter para que comentasse o conteúdo violento contra crianças nas redes e recebeu como resposta um emoji de fezes.
Musk publicou em 19 de março, nas redes sociais, que se alguém enviasse um e-mail para a assessoria de imprensa do Twitter, receberia o emoji como resposta.