Congressistas instam Biden a investigar destino da ajuda militar que os EUA entregam a Israel
© Sputnik / Aleksei AgarishevO prédio do Congresso dos EUA no Capitólio em Washington, DC
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Um grupo de legisladores democratas está sugerindo uma mudança na política em relação a Israel à luz da recente escalada de violência no país.
Um grupo de 14 congressistas dos EUA enviou uma carta ao presidente Joe Biden exigindo que Washington reexamine o apoio a Israel. Os autores, da corrente progressista encabeçada pelo senador Bernie Sanders, pedem uma investigação sobre o possível uso de armas entregues pelos EUA em atos de violência contra palestinos e buscam garantir que "os fundos dos contribuintes americanos não apoiem projetos em assentamentos ilegais".
Os dois principais signatários desta carta aberta, publicada na quinta-feira (13), são o próprio Sanders e o representante de Nova York, Jamaal Bowman, que se juntaram a outros 12 proeminentes legisladores do Partido Democrata. O grupo denuncia a morte de 85 palestinos, incluindo 16 crianças, até agora este ano nas mãos de forças e colonos israelenses, enquanto o número de mortos da violência palestina contra o lado israelense é de cerca de 14 pessoas. Os congressistas também lembram o "assassinato de dois cidadãos americanos pelo Exército israelense".
O grupo diz que a ocupação continuada da Cisjordânia e a construção de assentamentos lá não só constituem uma "violação da lei internacional", mas também contradizem as repetidas sugestões de Washington em ambas as questões delicadas. "Especialistas jurídicos israelenses consideram a decisão do governo de transferir a maior parte da autoridade do governo na Cisjordânia ocupada do Exército para um ministro civil, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, (líder do Partido Sionista Religioso), uma forma de anexação", diz Sanders e os coautores da carta, acrescentando que o próprio governo Biden havia alertado contra essa medida específica.
Os legisladores também criticaram a polêmica reforma judicial que o governo de Benjamin Netanyahu lançou este ano. Segundo Sanders e demais signatários, o primeiro-ministro buscava consolidar seu poder por meio dessa iniciativa, atualmente suspensa após várias semanas de violentos distúrbios em Israel.
A melhor maneira de abordar essas questões, na visão do grupo, é "mudar" a política dos EUA em relação a Israel, iniciar uma investigação sobre o uso de armas de origem norte-americana pelas Forças Armadas de Israel e estabelecer se elas foram usadas para "cometer ou apoiar graves violações dos direitos humanos". Além disso, o grupo recomenda reforçar o "controle do uso final e monitoramento financeiro" da ajuda militar que os israelenses recebem e elaborar um "plano detalhado" sobre como o governo vai atingir esses objetivos.