https://noticiabrasil.net.br/20230419/exercito-mexicano-e-acusado-de-usar-sistema-pegasus-e-espionar-mais-que-qualquer-outra-instituicao-28509356.html
Exército mexicano é acusado de usar sistema Pegasus e espionar mais que qualquer outra instituição
Exército mexicano é acusado de usar sistema Pegasus e espionar mais que qualquer outra instituição
Sputnik Brasil
O México tem sido acusado de ser o país que mais usou o programa de spyware Pegasus no mundo, aponta uma investigação do jornal The New York Times, que afirma... 19.04.2023, Sputnik Brasil
2023-04-19T10:44-0300
2023-04-19T10:44-0300
2023-04-19T10:44-0300
panorama internacional
américas
américa central
méxico
spyware
pegasus
the new york times
sociedade
espionagem
grupo nso
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/04/13/28509129_0:0:1920:1080_1920x0_80_0_0_ffbf8be84051ca54a18df09529f51820.jpg
Em artigo publicado na terça-feira (18), o jornal apontou que o Exército mexicano usou esse software no segundo semestre de 2022 contra pelo menos dois advogados de defesa dos direitos humanos, apesar de o presidente Andrés Manuel López Obrador ter dito que em seu governo, supostos criminosos são espionados apenas para combater a violência causada pelo crime organizado. Segundo o The New York Times, Santiago Aguirre e María Luisa Aguilar, dois advogados do Centro Pró Direitos Humanos Miguel Agustín, foram espionados com Pegasus de junho a setembro de 2022. O Centro Prodh — como é conhecida a organização Aguirre e Aguilar — representa legalmente os pais dos 43 alunos da Escola Normal Rural Ayotzinapa, desaparecidos nos dias 26 e 27 de setembro de 2014 em Iguala, Guerrero. Este caso é considerado um dos episódios mais trágicos da história recente do México, especialmente por colocar o governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018) no limite e exibir a impunidade das autoridades. A mídia norte-americana indica que Aguirre recebeu um e-mail da Apple, em dezembro de 2022, avisando-o de que seu celular poderia ter sido comprometido por estar infectado por um sistema de espionagem "por invasores patrocinados por um Estado".Organizações civis como a Rede em Defesa dos Direitos Digitais, Social TIC e Artigo 19, com apoio técnico do Citizen Lab center, uma instância da Escola Munk de Assuntos Globais e Políticas Públicas da Universidade de Toronto, confirmaram que ambos os números telefônicos de Aguirre e de Aguilar foram infectados pelo Pegasus em um momento crucial para a investigação do caso Ayotzinapa. No segundo semestre de 2022, o chefe da Unidade Especial de Investigação e Contencioso do caso Ayotzinapa, Omar Gómez Trejo, renunciou. Além disso, foi emitido um mandado de prisão contra o ex-advogado Jesús Murillo Karam e foram cancelados mandados de prisão contra um grupo de militares por sua suposta participação no desaparecimento dos jovens normalistas. Esta não é a primeira vez que o Centro Prodh é espionado pelo Pegasus. Em 2017, uma investigação realizada pela Rede em Defesa dos Direitos Digitais, TIC Social e Artigo 19 constatou que três pessoas do Centro Prodh receberam mensagens infecciosas para violar seus telefones, informou o centro em comunicado. Em sua reportagem, o The New York Times indica que, atualmente, o Exército mexicano é o único que utiliza o spyware desenvolvido pela empresa israelense NSO, segundo declarações de três fontes familiarizadas com o assunto. Ainda segundo o jornal norte-americano, desde o início do governo de López Obrador, jornalistas, defensores dos direitos humanos e opositores políticos foram espionados com Pegasus. A matéria também aponta que em 2011 o México foi o primeiro país do mundo a comprar o sistema Pegasus da empresa NSO, se tornando a nação que mais utilizou e spyware no planeta. De acordo com a investigação do jornal, a compra do Pegasus foi concluída em um clube de strip-tease na Cidade do México em março de 2011 e uma apresentação do funcionamento do sistema foi feita ao então secretário de Defesa, Guillermo Galván, e ao próprio ex-presidente Felipe Calderón. O Pegasus é um spyware que permite acessar em tempo real todas as informações dos dispositivos infectados, incluindo imagens de suas câmeras, microfones, mensagens de texto, chats e outros.
https://noticiabrasil.net.br/20220708/midia-autoridades-da-polonia-de-oposicao-foram-alvo-do-spyware-pegasus-adquirido-pelo-governo-23515280.html
https://noticiabrasil.net.br/20220502/governo-da-espanha-anuncia-que-pedro-sanchez-teve-celular-espionado-pelo-spyware-pegasus-22490756.html
américa central
méxico
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/04/13/28509129_240:0:1680:1080_1920x0_80_0_0_bb1f165b3fd0de1800e1e27196f8eafd.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
américas, américa central, méxico, spyware, pegasus, the new york times, sociedade, espionagem, grupo nso
américas, américa central, méxico, spyware, pegasus, the new york times, sociedade, espionagem, grupo nso
Exército mexicano é acusado de usar sistema Pegasus e espionar mais que qualquer outra instituição
O México tem sido acusado de ser o país que mais usou o programa de spyware Pegasus no mundo, aponta uma investigação do jornal The New York Times, que afirma que o governo do país latino-americano tem usado esse sistema de espionagem nos últimos meses contra dois defensores dos direitos humanos.
Em artigo
publicado na terça-feira (18), o jornal apontou que o Exército mexicano usou esse software no segundo semestre de 2022 contra
pelo menos dois advogados de defesa dos direitos humanos,
apesar de o presidente Andrés Manuel López Obrador ter dito que em seu governo, supostos criminosos são espionados apenas para combater a violência causada pelo crime organizado.
Segundo o The New York Times, Santiago Aguirre e María Luisa Aguilar, dois advogados do Centro Pró Direitos Humanos Miguel Agustín, foram espionados com Pegasus de junho a setembro de 2022.
O Centro Prodh — como é conhecida a organização Aguirre e Aguilar — representa legalmente os pais dos 43 alunos da Escola Normal Rural Ayotzinapa, desaparecidos nos dias 26 e 27 de setembro de 2014 em Iguala, Guerrero.
Este caso é considerado
um dos episódios mais trágicos da história recente do México, especialmente por colocar o governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018) no limite e exibir a impunidade das autoridades.
A mídia norte-americana indica que Aguirre recebeu um e-mail da Apple, em dezembro de 2022, avisando-o de que seu celular poderia ter sido comprometido por estar infectado por um
sistema de espionagem "
por invasores patrocinados por um Estado".
Organizações civis como a Rede em Defesa dos Direitos Digitais, Social TIC e Artigo 19, com apoio técnico do Citizen Lab center, uma instância da Escola Munk de Assuntos Globais e Políticas Públicas da Universidade de Toronto, confirmaram que
ambos os números telefônicos de Aguirre e de Aguilar foram infectados pelo Pegasus em um momento crucial
para a investigação do caso Ayotzinapa.
No segundo semestre de 2022, o chefe da Unidade Especial de Investigação e Contencioso do caso Ayotzinapa, Omar Gómez Trejo, renunciou. Além disso, foi emitido um mandado de prisão contra o ex-advogado Jesús Murillo Karam e foram cancelados mandados de prisão contra um grupo de militares por sua suposta participação no desaparecimento dos jovens normalistas.
Esta não é a primeira vez que o Centro Prodh é
espionado pelo Pegasus. Em 2017, uma investigação realizada pela Rede em Defesa dos Direitos Digitais, TIC Social e Artigo 19 constatou que três pessoas do Centro Prodh
receberam mensagens infecciosas para violar seus telefones, informou o centro em comunicado.
"Acreditamos que a gravidade do fato de continuar ocorrendo espionagem não deve ser minimizada, pois os repetidos ataques contra defensores e jornalistas mostram um Exército que, ao agir sem controle e se fortalecer como nunca, já se tornou uma ameaça à democracia e a um Ministério Público incapaz de investigar crimes complexos para reverter a impunidade e, assim, favorecer a repetição de violações de direitos humanos", apontou a organização na época.
Em sua reportagem, o The New York Times indica que, atualmente, o
Exército mexicano é o único que utiliza o spyware desenvolvido pela
empresa israelense NSO, segundo declarações de três fontes familiarizadas com o assunto.
Ainda segundo o jornal norte-americano, desde o início do governo de López Obrador, jornalistas, defensores dos direitos humanos e opositores políticos foram espionados com Pegasus.
A matéria também aponta que em 2011 o México foi o
primeiro país do mundo a comprar o sistema Pegasus da empresa NSO, se tornando a nação que mais
utilizou e spyware no planeta.
De acordo com a investigação do jornal, a compra do Pegasus foi concluída em um clube de strip-tease na Cidade do México em março de 2011 e uma apresentação do funcionamento do sistema foi feita ao então secretário de Defesa, Guillermo Galván, e ao próprio ex-presidente Felipe Calderón.
O Pegasus é um spyware que permite
acessar em tempo real todas as informações dos
dispositivos infectados, incluindo imagens de suas câmeras, microfones, mensagens de texto, chats e outros.