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Austrália divulga estratégia militar do Indo-Pacífico para ficar 'mais autossuficiente'

© AP Photo / LSIS David Cox / Força da Defesa de Austrália / HandoutHelicóptero Chinook australiano antes de ser despachado no porto de Brisbane, Austrália, 19 de janeiro de 2022
Helicóptero Chinook australiano antes de ser despachado no porto de Brisbane, Austrália, 19 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2023
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Camberra preparou um documento para dirigir a política de defesa em torno do país oceânico nos próximos anos, e que inclui maior cooperação com Washington.
O governo da Austrália divulgou a versão pública da nova Revisão Estratégica de Defesa (DSR, na sigla em inglês) do país, que, segundo Camberra, "estabelece a agenda para uma reforma ambiciosa, mas necessária" da "postura e estrutura" das Forças Armadas do país.
O documento delineou pelo menos seis "áreas prioritárias para ação imediata", incluindo o desenvolvimento da capacidade de submarinos de propulsão nuclear da Austrália e da capacidade de ataque de longo alcance, acelerando a integração de novas tecnologias nas Forças Armadas, a retenção e o recrutamento de trabalhadores de defesa, além de melhorar a cooperação estratégica entre Camberra e seus principais parceiros no Indo-Pacífico.
A DSR defende uma rápida transformação da Força de Defesa Australiana (ADF, na sigla em inglês), que permitiria aos militares nacionais atacar alvos a mais de 500 km de distância, em comparação com o alcance atual de 40 km. Além de defender a Austrália e a região imediata, a ADF deveria "impedir, por meio da negação, qualquer tentativa do adversário de projetar poder contra a Austrália por meio dos nossos acessos ao norte".
A nova política também não vê mais os EUA como o "líder unipolar do Indo-Pacífico", acrescentando que a intensa competição entre os EUA e a China estava definindo a região cada vez mais, e que essa competição trazia "potencial para conflito". Segundo o documento, Camberra deve trabalhar mais estreitamente com Washington, mas ao mesmo tempo "evitar o nível mais alto de risco estratégico que enfrentamos atualmente como nação: a perspectiva de um grande conflito na região".
Anthony Albanese, primeiro-ministro do país, elogiou o documento como "o trabalho mais significativo que foi feito desde a Segunda Guerra Mundial".
"Isso demonstra um mundo em que os desafios à nossa segurança nacional estão sempre evoluindo. Não podemos nos apoiar em suposições antigas. Devemos fortalecer nossa segurança buscando moldar o futuro em vez de esperar que o futuro nos molde", disse ele aos repórteres.
De acordo com o alto responsável, a implementação do DSR ajudará a Austrália a se tornar "mais autossuficiente, mais preparada e mais segura nos próximos anos".
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