Mídia: Pentágono usa lições da Ucrânia para possível conflito com China
© AP Photo / Charles DharapakVista aérea do Pentágono, em Washington, D.C., em 27 de março de 2008
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A vice-secretária de Defesa dos EUA, Kathleen Hicks, declarou que o Pentágono está aprendendo lições valiosas na Ucrânia e que estas podem ser usadas em um possível conflito com a China. Entre essas lições, ela mencionou a necessidade de produção e entrega regular de armas, bem como a inovação no espaço.
"Há muitas vantagens que ganhamos com o conflito na Ucrânia para um potencial desafio do Pacífico ", disse a vice-secretária em entrevista. "Estamos aprendendo agora a aumentar nossa base industrial e a estudar essa base industrial, que tem estado nos últimos 60 anos em um ciclo de festa e fome".
Além disso, o Pentágono acelerou o mecanismo de fornecimento de armas para Taiwan. A ideia é usar o sistema utilizado até agora para entregar armas a Kiev (designada Autoridade Presidencial de Retirada para Assistência Militar à Ucrânia), sistema que permite enviar estoques existentes de armas e depois os substituir mais tarde.
"Estamos pensando em como usamos essa autoridade agora para gerar uma entrega mais rápida e de maior capacidade de munições a fim de fazer chegar nossas forças no Pacífico", disse Hicks.
Outra lição é a importância da esfera espacial, pois o conflito ucraniano destacou o "incrível ecossistema de inovação espacial comercial dos EUA", disse a vice-secretária de Defesa.
Além disso, foi enfatizada a capacidade dos EUA de cooperarem com os aliados para "exercer pressão econômica" e compartilhar inteligência.
Ela ressaltou que, apesar das entregas de armas para a Ucrânia, os EUA estão focados na competição com a China no Pacífico.
"Não estamos tentando escolher entre dois palcos. Temos uma estratégia clara focada na China", disse Hicks, e reiterou avaliações passadas dos EUA de que a China não está planejando um ataque iminente a Taiwan.
"Nosso foco é garantir que a liderança da República Popular da China [RPC] acorde todos os dias e diga que hoje não é o dia para realizar agressões que ameaçam os interesses dos EUA [...] Esse é o nosso foco hoje, em 2027, e em 2035 e 2045", enfatizou.