'Retorno de investimento': Ucrânia vai ter que contra-atacar, estando pronta ou não, diz mídia
© AP Photo / Vadim GhirdaMilitares ucranianos em Bucha, Ucrânia
© AP Photo / Vadim Ghirda
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O estado das Forças Armadas ucranianas mostra que o Exército carece de nível adequado de preparação de uma contraofensiva, no entanto, Kiev chegou a um ponto sem volta e sem opções, segundo um artigo do The Sunday Times, citando autoridades britânicas familiarizado com o assunto.
De acordo com o Sunday Times, os militares ucranianos não descartam a possibilidade de um ataque e dão sinais de vontade de "ganhar terreno". No entanto, as aspirações contrariam as informações vazadas do Pentágono que indicavam uma alta probabilidade de fracasso, levando a apenas "modestos ganhos territoriais" contra as forças russas.
O governo da Ucrânia aproveita cada reunião para reafirmar seus pedidos de armas, incluindo tanques ou aviões de combate. Embora os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apliquem a política de fornecimento de armas a Kiev, inclusive a partir de seus arsenais, o jornal não pode deixar de admitir a falta dos sistemas que a Ucrânia gostaria de obter.
Isso inclui a defesa aérea, que é crucial para qualquer grande operação ofensiva, e sem a qual as poderosas aeronaves russas vão ter controle quase total do espaço aéreo na zona de combate.
Da mesma forma, a publicação chama a atenção para o fato de que a Rússia está examinando todas as variantes da contraofensiva ucraniana anunciada e se prepara para desta vez parar as tropas do presidente Vladimir Zelensky. As últimas fotos de satélite mostram um número crescente de novas trincheiras e fortificações, especialmente ao longo das prováveis linhas ofensivas da Ucrânia ao sul, enfatiza o veículo britânico.
Diante de novas circunstâncias, enquanto a Rússia se esforça para corrigir os erros do passado, a Ucrânia tem cada vez menos tempo para reconsiderar seus planos de contraofensiva, então Kiev não tem escolha real a não ser tentar realizar uma grande ofensiva na primavera ou no verão (Hemisfério Norte).
"[O presidente ucraniano Vladimir] Zelensky administrou o Ocidente com grande habilidade, mas para manter seu apoio ele tem que mostrar o que as fontes em Washington chamam, bastante mal, de 'retorno do investimento'", conclui a publicação.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial para defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o genocídio de Kiev. Um dos objetivos fundamentais da operação foi definido pelo presidente russo, Vladimir Putin, como a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Numerosos países que condenaram a operação militar apoiam Kiev com suprimentos de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas enviado a Kiev se tornará um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.