Astrônomos desvendam anomalia única em asteroide parecido com cometa (FOTO)
© Foto / Gregg Ruppel / NASAAglomerado globular Messier 3 com cometa recém-descoberto Leonard
© Foto / Gregg Ruppel / NASA
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Além de ter uma órbita que poderia fazer com que atingisse a Terra no futuro, o asteroide 3200 Phaethon é conhecido por ter uma peculiaridade que não é nada comum a essas rochas espaciais – uma cauda.
Os astrônomos inicialmente pensavam que a cauda era a poeira expelida da sua superfície causada pelas temperaturas extremas às quais o Phaethon é sujeito à medida que se aproxima do Sol, mas evidências experimentais agora apoiam uma hipótese alternativa que sugere que se trata do gás de sódio que está vazando do interior do asteroide.
Cometas têm caudas, asteroides não, ou era assim que os cientistas pensavam. Agora se descobriu que o asteroide 3200 Phaethon, que tem uma composição rochosa e nada parecida com um cometa gelado, também possui uma cauda, escreve portal Iflscience.
"Nossa análise mostra que a atividade de Phaethon semelhante a um cometa não pode ser explicada por qualquer tipo de poeira", disse em comunicado Qicheng Zhang, estudante de pós-graduação do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Asteroid’s Comet-Like Tail Is Not Made of Dust | NASA https://t.co/zj7HrQXMBO
— matiere* (@matiere) April 26, 2023
We have known for a while that asteroid 3200 Phaethon acts like a comet. It brightens and forms a tail when it’s near the Sun, and it is the source of the annual Geminid meteor shower, even though… pic.twitter.com/0EVq6jCvXc
Sabemos há algum tempo que o asteroide 3200 Phaethon se comporta como um cometa. Ele brilha e forma uma cauda quando está perto do Sol, e é a fonte da chuva de meteoros anual Geminídeas.
Zhang decidiu testar uma sugestão teórica de sódio como a causa da cauda de Phaethon.
"Os comentas muitas vezes brilham luminosamente devido a emissão de sódio quando [estão] perto do Sol, então suspeitamos que o sódio também poderia igualmente ter um papel fundamental na causa do brilho de Phaethon", explicou o pesquisador.
Usando o Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), Zhang e sua equipe usaram filtros para observar o asteroide perto do periélio em comprimentos de onda diferentes. A cauda é brilhante nos comprimentos de onda associados ao sódio e invisível naqueles usados para detectar poeira. Sua curvatura sob a pressão do vento solar também indica composição gasosa e não empoeirada.
Essa hipótese sugere que o sódio ferve dentro de Phaethon enquanto o asteroide aquece na superfície, e acaba escapando através das fissuras profundas.