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'Padrinho da IA' sai do Google e alerta que máquinas pensantes representam perigo para a humanidade
'Padrinho da IA' sai do Google e alerta que máquinas pensantes representam perigo para a humanidade
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Geoffrey Hinton passou a maior parte de sua vida defendendo e desenvolvendo redes neurais, mas agora passou a temê-las. 02.05.2023, Sputnik Brasil
2023-05-02T13:40-0300
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Geoffrey Hinton, apelidado de "Padrinho da IA", deixou seu cargo no Google e expressou temores sobre o progresso futuro no campo das redes neurais, observando que era "bastante assustador", dizem relatos da mídia. Hinton lamenta o trabalho de sua vida e diz que em breve as redes neurais vão se tornar mais inteligentes do que as pessoas. O problema é que as empresas permitem que os robôs não apenas gerem código de computador, mas também executem esse código por conta própria. Ele teme que em breve a inteligência artificial (IA) se torne completamente autossustentável e autônoma em relação aos humanos. Na verdade, as redes neurais formam uma espécie de mente coletiva – elas "compartilham seu conhecimento instantaneamente" – o que conhece um robô também é conhecido pelos demais. É por isso que não há como o cérebro humano ser capaz de competir com um artificial. O especialista compartilhou suas ansiedades sobre trabalhar em uma tecnologia potencialmente perigosa e se acalmou parafraseando Robert Oppenheimer ao dizer que "quando você vê algo que é tecnicamente bom, vá em frente e faça". No entanto, essa técnica de autoajuda claramente não está mais funcionando agora, pois ele planeja fazer uma campanha ativa para conter a IA porque representa "riscos profundos para a sociedade e a humanidade".No NYT de hoje, Cade Metz insinua que deixei o Google para poder criticar o Google. Na verdade, saí para poder falar sobre os perigos da IA sem considerar como isso afeta o Google. O Google agiu com muita responsabilidadeHinton começou como especialista em psicologia cognitiva, mas logo mudou para ciências da computação, porém, nunca esquecendo o que aprendeu em sua Alma Mater. É possível alegar que essas combinações únicas de habilidades permitiram que ele tivesse a ideia da agora conhecida rede neural em 1972. Uma rede neural é um modelo matemático de autoaprendizagem que se desenvolve analisando novas informações. Muitos cientistas ficaram bastante céticos sobre suas ideias no início, mas a história provou que eles estavam errados. Em 2012, Geoffrey Hinton, juntamente com seus alunos Ilya Sutskever e Alex Krishevsky, criaram uma rede neural, capaz de analisar e identificar imagens. Em outras palavras, poderia dizer a diferença entre uma flor e um cachorro, ou um cachorro e um humano. Esse projeto chamou a atenção dos executivos do Google, e a gigante da tecnologia comprou a start-up de Hinton por US$ 44 milhões (cerca de R$ 221,9 milhões), integrando-a ao projeto Google Brain (Cérebro do Google).As ideias de Hinton se tornaram a base para o desenvolvimento das atuais tecnologias de ponta de IA, como ChatGPT ou Google Bard. Em 2018, ele recebeu o Prêmio Turing por seu trabalho pioneiro em redes neurais.
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'Padrinho da IA' sai do Google e alerta que máquinas pensantes representam perigo para a humanidade
Geoffrey Hinton passou a maior parte de sua vida defendendo e desenvolvendo redes neurais, mas agora passou a temê-las.
Geoffrey Hinton, apelidado de "Padrinho da IA", deixou seu
cargo no Google e
expressou temores sobre o progresso futuro no campo das redes neurais, observando que era "bastante assustador",
dizem relatos da mídia.
Hinton lamenta o trabalho de sua vida e diz que
em breve as redes neurais vão se tornar mais inteligentes do que as pessoas. O problema é que as empresas
permitem que os robôs não apenas gerem código de computador, mas também executem esse código por conta própria. Ele teme que em breve a inteligência artificial (IA) se torne completamente autossustentável e autônoma em relação aos humanos. Na verdade, as redes neurais formam uma espécie de mente coletiva – elas "compartilham seu conhecimento instantaneamente" – o que conhece um robô também é conhecido pelos demais. É por isso que
não há como o cérebro humano ser capaz de competir com um artificial.
Outra questão é a intenção do usuário. Como ele diz, "é difícil ver como você pode impedir que os maus atores a usem para coisas ruins", obviamente se referindo a políticos que podem usar IA para ganho pessoal.
O especialista compartilhou suas ansiedades sobre trabalhar em uma
tecnologia potencialmente perigosa e se acalmou parafraseando Robert Oppenheimer ao dizer que "quando você vê algo que é
tecnicamente bom, vá em frente e faça".
No entanto, essa técnica de autoajuda claramente não está mais funcionando agora, pois ele planeja fazer uma campanha ativa para
conter a IA porque representa "
riscos profundos para a sociedade e a humanidade".
No NYT de hoje, Cade Metz insinua que deixei o Google para poder criticar o Google. Na verdade, saí para poder falar sobre os perigos da IA sem considerar como isso afeta o Google. O Google agiu com muita responsabilidade
Hinton começou como especialista em psicologia cognitiva, mas logo mudou para ciências da computação, porém, nunca esquecendo o que aprendeu em sua Alma Mater. É possível alegar que essas
combinações únicas de habilidades permitiram que ele tivesse a ideia da agora conhecida rede neural em 1972. Uma rede neural é um modelo matemático de autoaprendizagem que se desenvolve analisando novas informações. Muitos cientistas ficaram
bastante céticos sobre suas ideias no início, mas a história provou que eles estavam errados.
Em 2012, Geoffrey Hinton, juntamente com seus alunos Ilya Sutskever e Alex Krishevsky, criaram uma
rede neural, capaz de analisar e identificar imagens. Em outras palavras, poderia dizer a diferença entre uma flor e um cachorro, ou um cachorro e um humano. Esse
projeto chamou a atenção dos executivos do Google, e a gigante da tecnologia comprou a start-up de Hinton por US$ 44 milhões (cerca de R$ 221,9 milhões), integrando-a ao projeto Google Brain (Cérebro do Google).
As ideias de Hinton
se tornaram a base para o desenvolvimento das atuais tecnologias de ponta de IA,
como ChatGPT ou Google Bard. Em 2018, ele recebeu o Prêmio Turing por seu trabalho pioneiro em redes neurais.