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Sem medir palavras sobre conflito na Ucrânia, Robert Kennedy afirma: 'Os russos não podem perder'

© Sputnik / Konstantin MikhalchevskySoldados russos durante operação militar na direção da região de Zaporozhie, foto publicada em 29 de dezembro de 2022
Soldados russos durante operação militar na direção da região de Zaporozhie, foto publicada em 29 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.05.2023
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As Forças Armadas russas não podem ser derrotadas no conflito ucraniano, disse o candidato presidencial dos EUA, sobrinho do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy, Robert F. Kennedy Jr., em entrevista à um podcast.
Em recente entrevista, o crítico à guerra por procuração entre os EUA e a Rússia, Kennedy Jr., quando perguntado sobre as causas do conflito, indicou que inicialmente todas as decisões dos EUA foram tomadas com o objetivo de prolongar e maximizar a violência no mundo. Em suas palavras, não é o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, mas a Casa Branca que aposta no conflito para conseguir uma mudança de poder na Rússia e esgotar seu poderio militar.
Nesse sentido, o candidato à presidência dos EUA lembrou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, indicou entre os principais objetivos dos EUA, em 2022, o esgotamento do Exército russo, junto à degradação da sua capacidade de realizar operações ao exterior. Em quanto o presidente do país, Joe Biden, manifestou o desejo de que o Governo da Rússia mude.
Tais objetivos declarados por autoridades norte-americanas, destacou em entrevista ao All-In Podcast, vão contra a essência da missão humanitária e buscam maximizar o número de vítimas e prolongar o curso das hostilidades.
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Kennedy Jr. enfatizou que o que está acontecendo agora na Ucrânia constitui uma guerra de exaustão e neste momento os governos dos EUA e da Ucrânia se esforçam para esconder o número de baixas ucranianas que é "catastrófico". Na sua perspectiva, trata-se do conflito mais violento desde a Segunda Guerra Mundial, onde o número de mortos do lado ucraniano ultrapassou os 300 mil mortos.
Kennedy Jr. deu enfoque no fato de que a Rússia não vai ceder no conflito.

"Os russos não podem perder esta guerra.[...] É vital para eles e eles aumentam suas forças, eles têm uma vantagem de artilharia sobre nós", comentou.

Segundo seu ponto de vista, os EUA não têm capacidade suficiente para substituir o arsenal de armas de artilharia que se esgotou durante o conflito na Ucrânia. "E não podemos substituir as armas de artilharia, perdemos lá", disse Kennedy Jr.
Respondendo à pergunta do entrevistador, o presidenciável destacou que o conflito como um todo começou em 2014, quando as autoridades norte-americanas participaram de um golpe contra o governo ucraniano democraticamente eleito do presidente Viktor Yanukovych e colocaram outro em seu lugar, totalmente antirrusso como tanto quanto possível.
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A nova liderança da Ucrânia começou a impor leis que transformaram a população russa de Donbass em cidadãos de segunda classe, tirando a legitimidade de sua cultura e idioma, matando-os, tirando a vida de cerca de 14.000 pessoas.
Ele acrescentou que, se for eleito presidente, vai pressionar por um cessar-fogo imediato, já que a Ucrânia não pode prescindir da ajuda dos EUA.
O ativista ambiental norte-americano Robert F. Kennedy Jr. anunciou em abril sua candidatura para ser o próximo candidato presidencial dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, contestando a nomeação do titular Joe Biden e prometendo combater a corrupção corporativa e estatal.
Kennedy nunca ocupou um cargo político de alto nível. Até agora ele era um ativista ambiental e recentemente gerou polêmica no país norte-americano por sua oposição às vacinas contra a COVID-19.
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