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Celso Amorim ao voltar da Ucrânia: 'Diálogo foi positivo, de criação de confiança'

© Folhapress / Pedro LadeiraO ex-chanceler Celso Amorim fala com jornalistas em Brasília
O ex-chanceler Celso Amorim fala com jornalistas em Brasília - Sputnik Brasil, 1920, 10.05.2023
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O diplomata relatou ter dito ao presidente ucraniano que os dois países devem levar em conta que é preciso fazer concessões para se chegar a um acordo.
Nesta quarta-feira (10), o assessor especial para política externa do presidente Lula, Celso Amorim, esteve em Kiev e se reuniu com Vladimir Zelensky, com o vice-chanceler, Andrei Melnik, e com outros membros do governo ucraniano.
Em declarações para Folha de São Paulo, Amorim disse que a visita foi "muito tranquila".
"O diálogo foi positivo, de criação de confiança, visando a explicar nossos objetivos para a paz", afirmou o ex-chanceler, que disse não querer compartilhar mais informações pois isso deve ser feito em breve de forma oficial pelo governo, segundo a mídia.
Já ao jornal O Globo, Amorim disse que Zelensky "entendeu bem" ao ouvir que Lula quer trabalhar pela paz, juntamente a outros países que conversam com Moscou e Kiev.

"Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os dois lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões. [...] Naturalmente, Zelensky tem as posições dele, mas acho que assim vamos progredindo. Neste momento, é preciso que haja um grupo de países que esteja trabalhando no assunto, discutindo com um e com outro, para que Ucrânia e Rússia possam conversar", afirmou.

Após o encontro de Amorim com Melnik, o ministério das Relações Exteriores ucraniano divulgou nota em que afirma que avaliou positivamente as intenções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de facilitar a paz na Ucrânia.
A viagem de Amorim acontece após Lula declarar que os Estados Unidos e a Europa colaboram para a extensão do conflito devido à larga quantidade de envio de armamentos para Ucrânia e também por terem "entrado no conflito" de forma "imediata" sem primeiro tentar negociar com a Rússia.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de chegada do primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, por ocasião de sua visita oficial ao Brasil, Palácio do Planalto, Brasília, 9 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.05.2023
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