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Iniciativa de paz africana é a 1ª que ambos Putin e Zelensky aceitam, diz idealizador da missão

© AP Photo / Denis FarrellCyril Ramaphosa, presidente da África do Sul e do Congresso Nacional Africano, dá discurso durante 55ª Conferência Nacional em Joanesburgo, África do Sul, 20 de dezembro de 2022
Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul e do Congresso Nacional Africano, dá discurso durante 55ª Conferência Nacional em Joanesburgo, África do Sul, 20 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.05.2023
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A missão dos países africanos sobre a Ucrânia é a primeira desse tipo que tanto o presidente russo Vladimir Putin quanto seu homólogo ucraniano Vladimir Zelensky concordaram em aceitar, disse à Sputnik o fundador da Fundação Brazzaville e iniciador da missão, Jean-Yves Ollivier.
No início da semana, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa disse que Putin e Zelensky haviam concordado em receber uma missão de líderes africanos com sua iniciativa de paz sobre o conflito ucraniano.
Na quinta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que uma missão africana com uma iniciativa de paz sobre a Ucrânia planeja visitar a Rússia em meados de junho ou início de julho.

"Esta é a primeira vez que os dois chefes de Estado, o presidente Putin e o presidente Zelensky, aceitam receber uma delegação cuja viagem é especificamente para discutir a paz. Isso nunca aconteceu antes", disse Ollivier.

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Até o momento, só a China propôs um plano de paz para a solução do conflito na Ucrânia. Em fevereiro, Pequim divulgou um documento de 12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia", exigindo o respeito à soberania de todos os países, o fim das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev.
Entretanto, o Brasil também propôs uma iniciativa de paz na Ucrânia. O presidente Lula tem defendido a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos no conflito para encontrar "possibilidades de fazer a paz".
Em abril, a mídia noticiou que o presidente francês Emmanuel Macron queria obter a ajuda da China e promover um plano que poderia levar a negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
Enquanto isso, o Kremlin disse que Moscou não recebeu nenhuma mensagem de Paris sobre seu plano de paz para a Ucrânia e ainda não está ciente da existência de tal iniciativa.
O próprio Zelensky, falando na cúpula do G20 na Indonésia em meados de novembro, propôs uma "fórmula de dez pontos para restaurar a paz na Ucrânia" que inclui, em particular, a recuperação da integridade territorial do país, a retirada das tropas russas e a restauração da justiça.
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