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Resultado das eleições na Turquia podem diretamente beneficiar ou não América Latina, diz analista
Resultado das eleições na Turquia podem diretamente beneficiar ou não América Latina, diz analista
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A Turquia se prepara para o segundo turno das eleições presidenciais com Recep Tayyip Erdogan e Kemal Kilicdaroglu disputando a chefia do Estado turco... 19.05.2023, Sputnik Brasil
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As eleições presidenciais e parlamentares na Turquia aconteceram no último 14 de maio. Nelas, o atual presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, concorreu com Kemal Kilicdaroglu e Sinan Ogan. Nenhum dos candidatos atingiu 50% de votos necessários para eleição, portanto, no dia 28 de maio, terá um segundo turno entre Erdogan e Kilicdaroglu.Para Daniel Muñoz Torres, especialista em assuntos internacionais ouvido pela Spuntik, o resultado pode influenciar o vínculo entre a América Latina e a Turquia, já que, segundo Torres, a maior parte foi das relações entre as duas partes foi desenvolvida durante o governo Erdogan. Portanto, uma possível vitória do atual presidente poderia ser benéfica para as relações, sendo o resultado do pleito um importante sinal para os países latino-americanos.Esse vínculo foi fortalecido na época da Guerra Fria (1947-1991), especialmente porque ambas as regiões, a turca e a latino-americana, que eram subdesenvolvidas, eram pontos estratégicos na luta entre os Estados Unidos e a então União Soviética (URSS), já que os dois lados buscaram integrá-los para um lado ou para o outro. Posteriormente, isso os tornou pontos centrais no final do século XX e início do século XXI.Embora a Turquia tenha ampliado sua presença na América Latina, tendo a Argentina como principal aliada, outra nação entrou nessa equação: o Brasil. De mãos dadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seus dois primeiros mandatos (2003-2011), Ancara e Brasília avançaram como nações com uma visão diferente diante da hegemonia dos Estados Unidos.Na visão de Muñoz Torres, atualmente, os principais aliados de Ancara na América Latina são Brasil, México, Argentina e Colômbia.No caso do Brasil a aliança é realmente forte, visto que, atualmente, Brasília é o principal parceiro comercial da Turquia na América Latina. Entre as duas nações se comercializa sementes, frutas, grãos e metais.Esses mesmos elementos são trocados pela Argentina (matérias-primas) e pelo Chile (cobre) com Ancara, segundo o Instituto Estatístico Turco (TURKSTAT, na sigla em turco). Já com o México, o principal produto comercializado nas vendas bilaterais no ano passado foi o algodão sem cardagem e penteado, chegando a um valor de US$ 65 milhões (R$ 324 milhões).
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Resultado das eleições na Turquia podem diretamente beneficiar ou não América Latina, diz analista
13:32 19.05.2023 (atualizado: 13:34 19.05.2023) A Turquia se prepara para o segundo turno das eleições presidenciais com Recep Tayyip Erdogan e Kemal Kilicdaroglu disputando a chefia do Estado turco. Entretanto, para a América Latina, a vitória de Erdogan pode significar o fortalecimento das relações entre as regiões, uma vez que durante seu governo os laços diplomáticos foram bem desenvolvidos.
As eleições presidenciais e parlamentares na Turquia aconteceram no último 14 de maio. Nelas, o atual presidente turco,
Recep Tayyip Erdogan, concorreu com
Kemal Kilicdaroglu e Sinan Ogan. Nenhum dos
candidatos atingiu 50% de votos necessários para eleição, portanto, no dia 28 de maio, terá um segundo turno entre Erdogan e Kilicdaroglu.
Para Daniel Muñoz Torres, especialista em assuntos internacionais ouvido pela Spuntik, o resultado pode influenciar o vínculo entre a América Latina e a Turquia, já que, segundo Torres, a maior parte foi das relações entre as duas partes foi desenvolvida durante o governo Erdogan. Portanto, uma possível vitória do atual presidente poderia ser benéfica para as relações, sendo o resultado do pleito um importante sinal para os países latino-americanos.
"Quando o Império Otomano [1299-1923] desaparece, gera-se um grande êxodo da população para a América Latina. Por exemplo, muitos libaneses e armênios, que haviam feito parte do Império, se estabelecem no México, Brasil, Argentina e Colômbia e esse primeiro elo está dado. Agora, os descendentes desses primeiros migrantes estão totalmente integrados em nossas sociedades, estima-se que sejam quase dez milhões", diz.
Esse vínculo foi
fortalecido na época da Guerra Fria (1947-1991), especialmente porque ambas as regiões, a turca e a latino-americana, que eram subdesenvolvidas, eram pontos estratégicos na luta entre os
Estados Unidos e a então União Soviética (URSS), já que os dois lados buscaram integrá-los para um lado ou para o outro. Posteriormente, isso os tornou pontos centrais no final do século XX e início do século XXI.
Embora a Turquia tenha ampliado sua presença na América Latina, tendo a Argentina como principal aliada, outra nação entrou nessa equação: o Brasil. De mãos dadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seus dois primeiros mandatos (2003-2011), Ancara e Brasília avançaram como nações com uma visão diferente diante da hegemonia dos Estados Unidos.
"Um dos exemplos mais importantes dessa relação foi o Acordo Tripartite com o Irã em 2010 para realizar uma troca de urânio iraniano por combustível nuclear enriquecido em território turco e, assim, evitar uma rodada de sanções. Além do fracasso do acordo nuclear, o Brasil foi o principal parceiro comercial e estratégico até 2013 com o governo da [ex-presidente] Dilma Rousseff", afirmou Ariel González Levaggi, doutor em relações internacionais e ciência política.
Na visão de Muñoz Torres, atualmente, os principais aliados de Ancara na América Latina são Brasil, México, Argentina e Colômbia.
No caso do Brasil a aliança é realmente forte, visto que, atualmente, Brasília é o principal parceiro comercial da Turquia na América Latina. Entre as duas nações se comercializa sementes, frutas, grãos e metais.
Esses mesmos elementos são trocados pela
Argentina (matérias-primas) e pelo
Chile (cobre) com Ancara, segundo o Instituto Estatístico Turco (TURKSTAT, na sigla em turco). Já com o México, o principal produto comercializado nas vendas bilaterais
no ano passado foi o algodão sem cardagem e penteado, chegando a um valor de
US$ 65 milhões (R$ 324 milhões).