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Zelensky decide ir pessoalmente à cúpula do G7 focado em pressionar Brasil e Índia

© AP Photo / Efrem LukatskyO presidente ucraniano Vladimir Zelensky fala durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em Kiev, Ucrânia, 20 de abril de 2023. A China disse na quinta-feira, 18 de maio de 2023, que seu enviado especial se reuniu com Zelenskyy durante as negociações em Kiev no início desta semana
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky fala durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em Kiev, Ucrânia, 20 de abril de 2023. A China disse na quinta-feira, 18 de maio de 2023, que seu enviado especial se reuniu com Zelenskyy durante as negociações em Kiev no início desta semana - Sputnik Brasil, 1920, 19.05.2023
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Presidente ucraniano irá ao evento para buscar ajuda, mas também para pressionar Brasília e Nova Deli, aproveitando a presença de Joe Biden, já que Lula e Narendra Modi estão na cúpula.
Nesta sexta-feira (19), diversas mídias ocidentais informaram que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, irá pessoalmente à cúpula do G7 no Japão que acontece neste final de semana.
Jornais como The New York Times, The Independent, The Financial Times, a CNN, todos confirmaram a viagem do líder ucraniano e mencionaram uma questão em comum: a pressão que Zelensky fará em Luiz Inácio Lula da Silva e Narendra Modi, líderes de Brasil e Índia, respectivamente.
O Independent cita que seria uma oportunidade para Zelensky estreitar os laços com o primeiro-ministro indiano, que se manteve neutro, e com o presidente brasileiro, que os Estados Unidos acusam de "papagaiar" a propaganda russa.
A mídia britânica também cita uma declaração feita pelo premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, no domingo (14), dizendo que viu passos "positivos" da Índia, mas que eles precisavam manter o diálogo aberto com Modi e Lula em relação à Ucrânia.
"Uma coisa que temos que continuar é conversar com países como a Índia e também com o Brasil, que vai ser nessa segunda parte da cúpula, o que é bom", disse o primeiro-ministro que que se encontrou com Zelensky na segunda-feira (15).
Já o The New York Times, mencionando a posição de neutralidade de Índia e Brasil, diz que com a presença do líder ucraniano no evento, "será mais difícil para eles [Lula e Modi] manterem essa posição" pela pressão que vão receber.
A mídia também sublinha que o presidente norte-americano, Joe Biden, estará na cúpula, e que junto a Zelensky, também deve pressionar os países que fazem parte do BRICS.
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A presença inesperada e não anunciada de Zelensky visa fortalecer a determinação ocidental em apoiar a Ucrânia e conquistar outros participantes não pertencentes ao G7 que estão como convidados na cúpula como Modi e Lula.
Tanto Modi quanto Lula já conversaram por telefone com Zelensky. Na ocasião, em março, o presidente brasileiro reafirmou "o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção de paz e do diálogo".
Ao mesmo tempo, a ida do presidente ucraniano pode complicar esforços do premiê japonês, Fumio Kishida, para garantir que a cúpula, primeira realizada na Ásia em sete anos, não seja focada apenas no conflito na Ucrânia.
Embora o tópico estivesse previsto, a ideia era que o destaque fosse as questões de segurança na região do Indo-Pacífico, mas com a visita de Zelensky, automaticamente o foco será outro.
Sua participação seguirá a visita feita à Arábia Saudita, onde hoje (19), Zelensky chegou para participar de uma cúpula de líderes árabes, sua última parada em diversas viagens fora da Ucrânia para obter apoio antes de uma contraofensiva ucraniana amplamente esperada.
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