MRE russo: palavras de Borrell sobre ataque de sabotadores ucranianos a Belgrado é deslize freudiano
© Sputnik / MRE russoRepresentante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, durante briefing em 22 de julho de 2021
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Os comentários do chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, sobre o ataque de um grupo de sabotadores ucranianos à região "de Belgrado" são um deslize freudiano, significando que não é mais uma pessoa decente, disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Na terça-feira (23), o Ministério da Defesa da Rússia confirmou que em 22 de maio um grupo de sabotadores ucranianos invadiram a região russa de Belgorod. Mais de 70 combatentes adversários, quatro veículos de combate de infantaria e cinco picapes foram eliminados e o resto fugiu de volta à Ucrânia.
Borrell, em uma coletiva de imprensa após a reunião dos ministros da Defesa da UE sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, não conseguiu responder a uma pergunta sobre os eventos na região russa de Belgorod, confundindo Belgorod com Belgrado, capital sérvia.
© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério da Defesa da RússiaEquipamento danificado no local da liquidação do grupo de sabotagem ucraniano na região de Belgorod, Rússia.
Equipamento danificado no local da liquidação do grupo de sabotagem ucraniano na região de Belgorod, Rússia.
© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia
"Para ele tanto a região de Belgorod como Belgrado – tudo se misturou. Talvez seja um deslize freudiano, porque da mesma forma que eles trataram Belgrado, eles também tratam qualquer coisa que saia de seu sistema [ocidental] de vassalagem", disse Zakharova na Rádio Sputnik na quarta-feira (24).
No dia 24 de março de 1999, sem aprovação do Conselho da Segurança da ONU, as forças da OTAN lançaram uma intervenção militar contra a Iugoslávia que durou 78 dias. Até agora não há dados oficiais finais sobre números exatos de vítimas entre a população civil. No entanto, o governo da Sérvia afirma que foram ao menos 2.500 mortos e 6.000 feridos.
Zakharova enfatizou que a declaração de Borrell indica que ele "deixou de ser uma pessoa decente".
"Não é uma questão de sua posição política. É uma questão de que mentiram tanto que eles se contradizem, que essa mentira se torna óbvia, que eles são motivo de piada total com essas declarações totalmente falsas que por vezes já saem dos limites da sanidade mental", acrescentou Zakharova.
Mais tarde em um briefing, a representante oficial da chancelaria russa acusou Borrell de ter desacreditado completamente seu posto durante seus 3,5 anos no cargo.
"Ele se tornou, se não um ideólogo da política de confronto da UE, pelo menos um cantor dela e continua a se engajar na justificativa de prolongar a ação militar na Ucrânia", disse.
Zakharova enfatizou que a propaganda antirrussa de Borrell esconde os "erros geopolíticos grosseiros cometidos pela UE a fim de garantir novas esferas de influência na Europa".
Ela observou que não há mais nada de diplomacia genuína em seu trabalho.