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Mídia: mundo enfrenta nova guerra econômica na qual Europa sofrerá por causa das ações dos EUA

© Sputnik / Dmitry ParshinEdifício do Capitólio em Washington antes da tomada de posse do presidente eleito dos EUA.
Edifício do Capitólio em Washington antes da tomada de posse do presidente eleito dos EUA. - Sputnik Brasil, 1920, 25.05.2023
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O mundo está a caminho de uma nova guerra econômica devido à mudança no cenário monetário, escreveu Werner Plumpe, autor do jornal alemão WirtschaftsWoche.
O jornalista lembrou as observações do ex-presidente francês Valéry Giscard d'Estaing (1974-1981), que afirmou que os Estados Unidos desfrutavam do "privilégio exorbitante" da posição do dólar como moeda de reserva mundial, enquanto outros países são obrigados a financiar regularmente os déficits comerciais.

"Se os EUA, como a maioria dos outros países, tivessem que financiar esses déficits regularmente, dificilmente conseguiriam cobrir o déficit do balanço de pagamentos. Em vez disso, eles teriam que reduzir drasticamente as importações. Contudo, o 'privilégio exorbitante' permite que os EUA mantenham pelo menos parte de sua prosperidade às custas de outros países", explicou Plumpe.

Esse privilégio, disse ele, bem como o medo de perdê-lo em um mundo em transformação, incentivam Washington a fazer gestos agressivos.
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"O objetivo da política dos Estados Unidos continua sendo manter esse privilégio. Isso explica muitas ações da política externa dos EUA, em especial suas tentativas de suprimir sistemas monetários e econômicos concorrentes [...] Uma guerra econômica mundial, cujos contornos já estão aparecendo, será o resultado mais provável dessa luta – com consequências desastrosas para a Europa, que se encontrará entre duas frentes", conclui o autor.

O Tesouro dos Estados Unidos adverte, em cartas ao Congresso, que os EUA provavelmente não conseguirão cumprir integralmente suas obrigações já em 1º de junho se os legisladores não autorizarem uma extensão dos limites de empréstimos até lá.
O atual teto da dívida dos EUA é de US$ 31,4 trilhões (R$ 155,65 trilhões). Ele foi atingido em janeiro, quando o governo implementou "medidas extraordinárias", como a suspensão das contribuições para o fundo social dos funcionários públicos, para evitar uma inadimplência.
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