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Reunião Lula-Maduro: petista chama Guaidó de 'impostor', critica países e defende Venezuela no BRICS
Reunião Lula-Maduro: petista chama Guaidó de 'impostor', critica países e defende Venezuela no BRICS
Sputnik Brasil
Lula e Maduro tiveram uma reunião reservada e depois com integrantes do governo. Os dois líderes assinaram memorandos de entendimento na área agrícola, além de... 29.05.2023, Sputnik Brasil
2023-05-29T14:43-0300
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Nesta segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Palácio do Planalto seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. O mandatário não visitava o Brasil desde 2015, quando viajou ao Brasil para posse de Dilma Rousseff.Durante entrevista coletiva, Lula ressaltou a importância de retornar o diálogo com um país que faz "extensa fronteira de 2.200 km com Brasil" e, citando os Estados Unidos, disse que "achava a coisa mais absurda do mundo" para as pessoas que defendem a democracia "negarem que você [Maduro] era presidente da Venezuela".O "cidadão" citado por Lula é o autointitulado presidente da Venezuela Juan Guaidó, que era reconhecido como presidente por então presidente Jair Bolsonaro, pelos EUA na gestão Donald Trump e por outros líderes de direita no continente.Lula também citou a reserva de 31 toneladas de ouro venezuelano em Londres, e relembrou que "a reserva em vez de ser colocada sob a guarda do governo da Venezuela, foi colocada sob a guarda do Guaidó".O petista ainda ressaltou que "[...] quantas críticas a gente sofreu aqui durante a campanha por ser amigo da Venezuela. Havia discursos e mais discursos, os adversários diziam: 'Se o Lula ganhar as eleições, o Brasil vai virar uma Venezuela, uma Argentina, uma Cuba', quando o nosso sonho era que o Brasil fosse o Brasil mesmo, melhor", afirmou Lula.O presidente brasileiro disse saber das "dificuldades" na relação da Venezuela com o Brasil e com o resto do mundo – citou como exemplos a dívida externa e o combate ao narcotráfico –, mas afirmou que o governo buscará uma "integração plena" entre os dois países.O petista também afirmou que é pessoalmente favorável à adesão da Venezuela ao BRICS e que pode levar o tema ao grupo, se houver solicitação formal.Já Maduro agradeceu a hospitalidade de Lula em seu discurso, e também manifestou intenção de aprofundar as relações entre Brasil e Venezuela. O presidente venezuelano disse ainda que o país vizinho está "de portas abertas" e "com plenas garantias" para o empresariado brasileiro.Maduro está no Brasil para a cúpula de líderes da América do Sul que começa nesta terça-feira (30). Maduro chegou ao Planalto às 10h36 acompanhado de sua esposa, Cilia Flores Maduro, e subiu a rampa do Palácio, onde foi recepcionado por Lula e a primeira-dama, Janja.
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Reunião Lula-Maduro: petista chama Guaidó de 'impostor', critica países e defende Venezuela no BRICS
14:43 29.05.2023 (atualizado: 14:56 29.05.2023) Lula e Maduro tiveram uma reunião reservada e depois com integrantes do governo. Os dois líderes assinaram memorandos de entendimento na área agrícola, além de um mecanismo de supervisão da cooperação bilateral.
Nesta segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Palácio do Planalto seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. O mandatário não visitava o Brasil desde 2015, quando viajou ao Brasil para posse de Dilma Rousseff.
Durante entrevista coletiva, Lula ressaltou a importância de retornar o diálogo com um país que faz "extensa fronteira de 2.200 km com Brasil" e, citando os Estados Unidos, disse que "achava a coisa mais absurda do mundo" para as pessoas que defendem a democracia "negarem que você [Maduro] era presidente da Venezuela".
"É um prazer te receber aqui outra vez. É difícil conceber que tenham passado tantos anos sem que mantivessem diálogos com a autoridade de um país amazônico e vizinho, com quem compartilhamos uma extensa fronteira de 2.200 km […]. Penso que esse novo tempo que estamos marcando agora não vai superar todos os obstáculos que você tem sofrido ao longo desses anos. Briguei muito com companheiros social-democratas europeus, com governos, com pessoas dos Estados Unidos. Achava a coisa mais absurda do mundo, para as pessoas que defendem democracia, negarem que você era presidente da Venezuela, tendo sido eleito pelo povo. E o cidadão que foi eleito para ser deputado ser reconhecido como presidente", disse Lula citado pelo G1.
O "cidadão" citado por Lula é o autointitulado presidente da Venezuela
Juan Guaidó, que era reconhecido como presidente por
então presidente Jair Bolsonaro, pelos EUA na gestão
Donald Trump e por outros líderes de direita no continente.
Lula também citou a
reserva de 31 toneladas de ouro venezuelano em Londres, e relembrou que "a reserva em vez de ser colocada sob a guarda do governo da Venezuela,
foi colocada sob a guarda do Guaidó".
"Em muitas discussões com meus companheiros europeus eu dizia que não compreendia como é que um continente que conseguiu exercer a democracia tão plena quanto a Europa exerceu quando construiu a União Europeia poderia aceitar a ideia de que o impostor poderia ser presidente da República porque eles não gostavam do presidente eleito. O preconceito contra Venezuela continua", afirmou o presidente brasileiro.
O petista ainda ressaltou que "[...] quantas críticas a gente sofreu aqui durante a campanha por ser amigo da Venezuela. Havia discursos e mais discursos, os adversários diziam: 'Se o Lula ganhar as eleições, o Brasil vai virar uma Venezuela, uma Argentina, uma Cuba', quando o nosso sonho era que o Brasil fosse o Brasil mesmo, melhor", afirmou Lula.
O presidente brasileiro disse saber das "dificuldades" na relação da Venezuela com o Brasil e com o resto do mundo – citou como exemplos a dívida externa e o combate ao narcotráfico –, mas afirmou que o governo buscará uma "integração plena" entre os dois países.
"Esse momento é importante por muitas razões, mas uma delas é porque a América do Sul tem que se convencer que temos que trabalhar como se fosse um bloco. Não dá para ninguém imaginar que, sozinho, um país da América do Sul vai resolver seus problemas que perduram mais de 500 anos", completou Lula.
O petista
também afirmou que é pessoalmente favorável à adesão da
Venezuela ao BRICS e que pode levar o tema ao grupo, se houver solicitação formal.
Já Maduro agradeceu a hospitalidade de Lula em seu discurso, e também manifestou intenção de aprofundar as
relações entre Brasil e Venezuela. O presidente venezuelano disse ainda que o país vizinho está
"de portas abertas" e "com plenas garantias" para o empresariado brasileiro.
"Estamos preparados para que retomemos as relações virtuosas com os empresários brasileiros. A Venezuela está de portas abertas, com plenas garantias para todo o empresariado para que voltemos ao trabalho conjunto. Acredito ser muito positivo. Nós amamos a história do povo brasileiro, a força e alegria espiritual. Que nunca mais ninguém feche a porta. Brasil e Venezuela tem que estar unidos, daqui para frente e para sempre", disse.
Maduro está no Brasil para a
cúpula de líderes da América do Sul que começa nesta terça-feira (30). Maduro
chegou ao Planalto às 10h36 acompanhado de sua esposa,
Cilia Flores Maduro, e subiu a rampa do Palácio, onde foi recepcionado por Lula e a
primeira-dama, Janja.