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OTAN está criando outro campo de batalha no continente europeu, diz jornal chinês

© AP Photo / Visar KryeziuMembro italiano da Força do Kosovo (KFOR, na sigla em inglês), uma missão de manutenção da paz da OTAN local, guarda ponte principal no vilarejo etnicamente dividido de Mitrovica, 9 de dezembro de 2022
Membro italiano da Força do Kosovo (KFOR, na sigla em inglês), uma missão de manutenção da paz da OTAN local, guarda ponte principal no vilarejo etnicamente dividido de Mitrovica, 9 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2023
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À medida que a crise russo-ucraniana se arrasta, a OTAN se tornou sinônimo de desestabilizadora da segurança regional, observa o jornal chinês Global Times.
A situação nos Bálcãs está agora em um ponto explosivo. As forças da KFOR (missão da OTAN no Kosovo) entraram em duro confronto com sérvios no norte kosovar, na segunda-feira (29).
O confronto, ocorrido na cidade de Zvecan, no norte do Kosovo, começou quando sérvios protestavam em frente à administração da cidade. A reclamação deles é o resultado das últimas eleições locais boicotadas por sérvios em mais um capítulo de tensões com os albaneses-kosovares.
Kosovo e Sérvia têm tensões de longa duração. Kosovo era originalmente uma província autônoma da Sérvia na ex-Iugoslávia.
Além disso, o autor do artigo aponta que como apoio dos EUA e do Ocidente, o Kosovo tem procurado avançar no caminho da "independência estatal" e adotou uma atitude de linha dura em relação à Sérvia.
O envolvimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte agravou ainda mais a divisão entre Kosovo e Sérvia, levando a conflitos militares entre os dois lados e minando a paz e a unidade dos Bálcãs Ocidentais.
O autor salienta, com razão, que, por um lado, a Aliança Atlântica pede para aliviar as tensões, mas, por outro lado, aumenta a presença militar. O que pode significar que as promessas feitas pela OTAN e outros países ocidentais para proteger os sérvios no Kosovo simplesmente não podem ser cumpridas.
Assim, Song Zhongping, um especialista militar chinês e comentarista de TV, disse ao Global Times que as forças da OTAN não se engajaram verdadeiramente na manutenção da paz na Sérvia e no Kosovo, mas que tinham como objetivo manter o fato básico da "independência do Kosovo" e ajudar o Kosovo a oprimir os sérvios. A soberania da Sérvia e a segurança nacional não são prioridade para a OTAN.

"O conflito russo-ucraniano não produziu quaisquer resultados para a paz, e há uma possibilidade de escalada. A possibilidade de um novo conflito nos Bálcãs também existe. Como o conflito ucraniano não alcançou o efeito desejado para os EUA, Washington precisa criar uma guerra no continente europeu", disse Song.

O jornal chinês também salienta que Washington realmente espera ver o caos na Europa, bem como a desordem da economia europeia e a dependência da Europa dos Estados Unidos, e como objetivo final os EUA não querem uma Europa unida e forte.
Enquanto isso, os EUA provavelmente verão o agravamento da divisão entre a Sérvia e o Kosovo como uma oportunidade que pode aproveitar para enfraquecer a influência da Rússia na Sérvia e nos Bálcãs.

"O objetivo final dos EUA é que tanto a Europa quanto a Rússia sofram perdas, o que está mais de acordo com sua estratégia global e interesses hegemônicos. Agora os EUA veem a Europa como dois barris de pólvora, um em uma guerra quente e um prestes a explodir", enfatizando.

Soldados da OTAN durante a escalada de tensões no norte da província do Kosovo e Metóquia - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2023
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Analista: EUA e OTAN estão arquitetando revolução colorida na Sérvia com mãos alheias
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