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Reguladores americanos notificam governo dos EUA para impedir experimento com urânio para bombas

© AFP 2023 / Oliver DoulieryA secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, anuncia um grande avanço científico de pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Segurança Nuclear e da Administração Nacional de Segurança Nuclear em Washington, DC, em 13 de dezembro de 2022
A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, anuncia um grande avanço científico de pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Segurança Nuclear e da Administração Nacional de Segurança Nuclear em Washington, DC, em 13 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2023
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Ex-funcionários do Departamento de Estado dos Estados e reguladores nucleares pediram ontem (30) que o Departamento de Energia do país reconsidere um plano de usar urânio para bombas em um experimento de energia nuclear.
O Departamento de Energia e duas empresas pretendem dividir os custos do Experimento de Reator de Cloreto Derretido (MCRE, na sigla em inglês) no Laboratório Nacional de Idaho e usar mais 600 quilos de combustível contendo 93% de urânio enriquecido, segundo a Reuters.
Entretanto, na visão dos ex-funcionários, a ação poderia dar a outros países uma desculpa para enriquecer urânio ao nível de bomba em busca de novos reatores.
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Em uma carta enviada ao departamento, os especialistas afirmam que "o dano à segurança nacional pode ultrapassar qualquer benefício potencial dessa tecnologia energética altamente especulativa".
A mídia afirma que os ex-funcionários temem que um aumento em tais experimentos eleve os riscos de que militantes, os quais buscam criar uma arma nuclear, possam se apossar do urânio.

"É chocante que o Departamento de Energia, mesmo sem notificar o público, possa minar uma política bipartidária dos EUA de décadas para impedir a disseminação de armas nucleares", disse Alan Kuperman, professor da Escola LBJ de Assuntos Públicos da Universidade do Texas e um dos organizadores da carta.

Como alternativa, os especialistas indicaram que o projeto do MCRE pode ser convertido para operar com urânio de baixo enriquecimento, incorrendo em um atraso e aumentando alguns custos, mas outros custos podem ser economizados em segurança, disseram os ex-funcionários no documento.
O Departamento de Energia disse que o urânio altamente enriquecido é necessário para manter pequeno o tamanho do reator experimental. Se fosse usado urânio com até 20% de pureza, o núcleo do reator precisaria ser cerca de três vezes mais alto, três vezes mais largo e conter 40 vezes o volume de sal combustível, afirmou. Assim que o experimento terminar, o reator será desativado e removido, afirmou.
Enquanto isso, no âmbito do acordo nuclear e das declarações da chancelaria americana, Washington pressiona o Irã para interromper seu programa nuclear.
Mesmo tendo se retirado do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2018 sob o governo Trump, e das consecutivas tentativas de revivá-lo agora sob o governo Biden, Washington e Teerã não conseguiram chegar a um ponto comum.
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