Descobrem na Via Láctea fios cósmicos horizontais misteriosos que apontam para o buraco negro (FOTO)
© AP Photo / NASA /CXC / UMass / Q.D. Wang, NRF / SARAO / MeerKATO coração da Via Láctea
© AP Photo / NASA /CXC / UMass / Q.D. Wang, NRF / SARAO / MeerKAT
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Os astrônomos esperam que a descoberta lhes ajude a entender mais sobre a rotação do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra.
O novo estudo revelou a existência de centenas de fios cósmicos horizontais que apontam para o buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea.
No seu estudo publicado na sexta-feira (2), uma equipe internacional de astrofísicos descreveu as estruturas misteriosas como corpos alongados de gás luminoso que possivelmente se originaram há alguns milhões de anos.
Os astrônomos sugerem que naquele tempo o fluxo de saída do buraco negro supermassivo Sagitário A* na nossa galáxia interagia com o material circundante, o que posteriormente resultou no surgimento dos filamentos horizontais galácticos, cada um dos quais se estende de cinco a dez anos-luz através do espaço.
"Foi uma surpresa encontrar de repente uma nova população de estruturas que parecem estar apontando na direção do buraco negro", disse em comunicado Farhad Yusef-Zadeh, astrônomo da Northwestern University em Evanston, Illinois, e autor principal do estudo.
The Milky Way is full of cosmic threads reaching out from the supermassive black hole at our galaxy's center. MeerKAT image of the galactic center with color-coded position angles of all filaments. Image credit:
— 𓂀 𝕋𝔼𝔸ℍ 𓂀 (@TeahCartel) June 3, 2023
Farhad Yusef-Zadeh/Northwestern University pic.twitter.com/0umBYSXB6g
A Via Láctea está cheia de fios cósmicos que saem do buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia. Imagens do [radiotelescópio] MeerKAT do centro galáctico com ângulos de posição codificados por cores de todos os filamentos.
"Descobrimos que esses filamentos não são aleatórios, mas parecem estar ligados ao fluxo de saída do nosso buraco negro", observou o cientista, acrescentando que ele mesmo ficou "realmente espantado" quando viu essas estruturas.
Yusef-Zadeh também disse que ele e seus colegas "sempre pensavam em filamentos verticais e sua origem", afirmando que "estou acostumado a que eles sejam verticais. Nunca considerei que poderia haver outros ao longo do plano [da galáxia]".
O astrônomo estava se referindo às descobertas anteriores da sua equipe, quando cientistas descobriram quase 1.000 filamentos verticais unidimensionais perto do centro da galáxia. Em comparação com os fios horizontais, os verticais são muito maiores – de até 150 anos-luz de comprimento.