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Argentina pede um acordo equilibrado entre o Mercosul e a UE: 'Que todos ganhemos'

© AP Photo / Natacha PisarenkoPresidente da Argentina, Alberto Fernández
Presidente da Argentina, Alberto Fernández - Sputnik Brasil, 1920, 14.06.2023
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) quer um acordo com a União Europeia (UE) que equilibre as economias, na terça-feira (13).

"Queremos um acordo com a União Europeia que equilibre as economias de cada uma das regiões e tenha em conta as assimetrias", disse o presidente ao receber a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O mandatário afirmou que existe "vontade política" de assinar o acordo e que "só pedimos um acordo equilibrado, onde todos ganhemos".

"Todos temos vontade de querer chegar a um acordo. Os obstáculos estão em nós e temos que começar a removê-los. Não é tão difícil removê-los se a vontade política existe", garantiu o presidente da Argentina.

Queremos chegar ao melhor acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que seja justo e em benefício mútuo. Por isso, apresentamos à UE os nossos requisitos para concretizar um acordo que termine com as assimetrias entre ambas as economias e preserve o nosso desenvolvimento.
Fernández destacou a possibilidade de que a Europa se envolva mais ativamente em agregar valor à produção de lítio através da elaboração de baterias, na exploração de cobre e de hidrogênio verde, bem como na implementação de usinas de liquefação de gás.
Ele defendeu ainda que é importante que a nova legislação derivada do Pacto Verde Europeu se baseie em provas científicas para que não constitua um "meio de discriminação arbitrário ou injustificável".
Ambos os blocos assinaram esse acordo em junho de 2019, duas décadas após o início das negociações, mas ainda não entrou em vigor porque para isso é necessária a ratificação de todos os países-membros e há posições muito diversas dentro de Bruxelas.
No início de outubro de 2020, o Parlamento Europeu votou contra a ratificação do tratado negociado, devido a dúvidas quanto aos compromissos e salvaguardas ambientais contidos no texto.
Em outubro de 2019, a França anunciou que não assinaria o tratado, argumentando que o Brasil "não respeita a floresta amazônica" nem o Acordo de Paris contra a mudança climática.
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