Relatório: uso do dólar dos EUA como arma cria oportunidade para explorar outras moedas de reserva
© AP Photo / Mark LennihanNotas de dólar são depositadas em uma caixa de depósito em Nova York, 24 de maio de 2021

© AP Photo / Mark Lennihan
Nos siga no
Um novo relatório do Centro de Pesquisa em Economia e Política (CEPR, na sigla em inglês), com sede em Washington e da IESE Business School, analisou, entre muitos outros temas, as implicações da postura do dólar para o sistema monetário internacional.
Em seu relatório publicado na terça-feira (13), o CEPR afirma que "o uso do dólar estadunidense como arma tem levantado questões fundamentais sobre a orientação do panorama monetário internacional e criado uma oportunidade para a exploração de moedas de reserva alternativas".
O relatório indica que entre os países que estão reduzindo sua dependência do dólar destaca-se a China. O gigante asiático "agiu rapidamente", introduzindo a primeira moeda digital do banco central, o e-CNY, posicionando o yuan como "um rival legítimo dos bancos dos EUA e do SWIFT".
Neste contexto, o relatório argumenta que, apesar de atualmente as alternativas à moeda norte-americana para as transações internacionais ainda terem uma utilidade limitada, "é mais provável que vejamos uma diminuição gradual no domínio do dólar estadunidense".
Além disso, o documento sublinha que "a ruptura das relações entre a China e os EUA" poderia conduzir a "uma maior polarização do sistema financeiro internacional e provocar graves ramificações no comércio".