Diplomata russo: questão não resolvida do Nord Stream isola Ocidente aos olhos dos membros da ONU
© AP Photo / John AngelilloSalão da Assembleia Geral das Nações Unidas ainda vazio antes do início da 76ª Sessão da Assembleia Geral na sede da ONU em 20 de setembro de 2021, em Nova York. Os apoiadores do governo de Hong Kong expandiram seu alcance para defender uma dura lei de segurança nacional imposta pelo Partido Comunista governante da China nas Nações Unidas, levantando preocupações sobre sua influência na formação do entendimento mundial sobre a cidade.
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Moscou retornará à necessidade de investigar a sabotagem do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte), disse o primeiro vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, em seu Telegram, após a discussão relevante no Conselho de Segurança da ONU.
"Os EUA e seus aliados ainda não forneceram refutações convincentes dos fatos que indicam seu envolvimento na explosão [...] A questão da investigação não está encerrada para nós e retornaremos a ela de forma apropriada e em um momento conveniente, se a situação não mudar", escreveu Polyansky.
De acordo com o diplomata, o assunto continua previsivelmente desconfortável para os representantes do Ocidente, que estão claramente nervosos ao responder às perguntas da Rússia, pedindo que a Dinamarca, a Alemanha e a Suécia não apressem as investigações.
No entanto, o representante da Rússia na ONU ressalta que nem todos os membros do Conselho de Segurança compartilham essa abordagem.
"Muitos expressaram sua perplexidade pelo fato de os alemães e escandinavos estarem demorando e ainda não terem compartilhado o progresso de suas investigações com o Conselho de Segurança. Isso pode até ser uma questão de desrespeito ao conselho, que pediu claramente aos três países que se acelerassem", acrescenta Polyansky.
Ele escreveu que é evidente que a compreensão da posição russa está crescendo, "o que já está isolando obscenamente os [representantes] ocidentais aos olhos da maioria dos membros da ONU".
As explosões ocorreram em 26 de setembro de 2022 ao mesmo tempo em dois gasodutos russos de exportação de gás para a Europa, o Nord Stream 1 e o Nord Stream 2.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartaram a possibilidade de sabotagem direcionada.
A Nord Stream AG, operadora do Nord Stream, informou que as situações de emergência nos gasodutos não têm precedentes e que o prazo dos reparos não pode ser avaliado.
Em 8 de fevereiro, o jornalista norte-americano Seymour Hersh divulgou sua versão de que os explosivos nos gasodutos foram plantados por especialistas estadunidenses, apoiados por mergulhadores noruegueses, sob a cobertura do exercício BALTOPS 2022 da OTAN, que decorreu em junho de 2022.
Ele acredita que a operação foi realizada sob ordens diretas da Casa Branca.