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Influência dos EUA na União Europeia não deveria ser superestimada, opina ex-chanceler austríaca
Influência dos EUA na União Europeia não deveria ser superestimada, opina ex-chanceler austríaca
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Embora os EUA possam ter uma influência considerável sobre a União Europeia (UE), não se deve desconsiderar o "enorme poder" que a Comissão Europeia exerce na... 18.06.2023, Sputnik Brasil
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Desde a escalada do conflito ucraniano em fevereiro de 2022, a UE parece estar bastante satisfeita em seguir o exemplo dos Estados Unidos, fornecendo generosamente fundos e armas a Kiev, ao mesmo tempo que desencadeia uma enxurrada de sanções econômicas contra a Rússia.No entanto, embora os Estados Unidos tenham desfrutado de uma influência considerável na Europa Ocidental praticamente desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que se estendeu à Europa Oriental após a queda da União Soviética, a ex-ministra argumentou que essa influência não deveria ser superestimada.Falando à Sputnik no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), Kneissl apontou que a Comissão Europeia, o poder executivo da UE, exerce um "poder tremendo" no bloco e que as moções para impor sanções econômicas à Rússia já existiam no Parlamento Europeu antes de fevereiro de 2022.Quando perguntada se os líderes europeus teriam imposto sanções contra a Rússia, mesmo que a Casa Branca não os pedisse, Kneissl respondeu: "Sem dúvida!"Sobre o papel da Comissão Europeia na UE, Kneissl explicou que as decisões do bloco em matéria de política externa e de defesa são tomadas por consenso.Kneissl acrescentou que "esta comissão mudou ao longo dos anos" e que, embora fale com potências europeias como Berlim ou Paris, "outras capitais muito menores não fazem realmente parte da tomada de decisão".A ex-ministra das Relações Exteriores também observou como um dos Estados-membros da UE, a Polônia, ganhou bastante influência no bloco nos últimos anos, com o país "se tornando cada vez mais uma potência regional por causa de sua posição muito franca em relação à Ucrânia".Keissl argumentou que um "espírito transatlântico muito forte" permeia "todos os círculos poloneses", o que provavelmente decorre do "papel que as famílias polonesas desempenharam na revolução de 1776 nos Estados Unidos" e que, com o conflito em curso na Ucrânia e a "tremenda, narrativa política muito agressiva e expansionista que você tem na Polônia" hoje, as ambições de Varsóvia parecem bastante "altas".
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Influência dos EUA na União Europeia não deveria ser superestimada, opina ex-chanceler austríaca
13:27 18.06.2023 (atualizado: 13:31 18.06.2023) Embora os EUA possam ter uma influência considerável sobre a União Europeia (UE), não se deve desconsiderar o "enorme poder" que a Comissão Europeia exerce na união, diz a ex-ministra austríaca das Relações Exteriores, Karin Kneissl.
Desde a escalada do conflito ucraniano em fevereiro de 2022, a UE parece estar bastante satisfeita em seguir o exemplo dos Estados Unidos, fornecendo generosamente fundos e armas a Kiev, ao mesmo tempo que desencadeia uma enxurrada de
sanções econômicas contra a Rússia.
No entanto, embora os Estados Unidos tenham desfrutado de uma influência considerável na Europa Ocidental praticamente desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que se estendeu à Europa Oriental após a queda da União Soviética, a ex-ministra argumentou que essa influência não deveria ser superestimada.
Falando à Sputnik no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), Kneissl apontou que a Comissão Europeia, o poder executivo da UE, exerce um "poder tremendo" no bloco e que as moções para impor sanções econômicas à Rússia já existiam no Parlamento Europeu antes de fevereiro de 2022.
Quando perguntada se os líderes europeus teriam imposto sanções contra a Rússia, mesmo que a Casa Branca não os pedisse, Kneissl respondeu: "Sem dúvida!"
Sobre o papel da Comissão Europeia na UE, Kneissl explicou que as decisões do bloco em matéria de política externa e de defesa são tomadas por consenso.
"É tudo uma questão de consenso. Então você precisa de algum tipo de acordo. E esse acordo é feito principalmente por documentos que a comissão prepara. Por assim dizer, é o fato consumado, se você quiser", elaborou. "E isso eu quero destacar, porque a comissão tem um poder crescente e isso está ligado à burocracia. Portanto, é menos sobre o interesse de um determinado país. É mais sobre a mentalidade que está dentro da comissão."
Kneissl acrescentou que "esta comissão mudou ao longo dos anos" e que, embora fale com potências europeias como Berlim ou Paris, "
outras capitais muito menores não fazem realmente parte da tomada de decisão".
A ex-ministra das Relações Exteriores também observou como um dos Estados-membros da UE, a Polônia, ganhou bastante influência no bloco nos últimos anos, com o país "se tornando cada vez mais uma potência regional por causa de sua posição muito franca em relação à Ucrânia".
"Essa posição não está apenas inserida na visão transatlântica de tornar a Ucrânia membro da OTAN e aumentar o raio de ação da Polônia, bem como ser uma espécie de centro e não mais a periferia, mas também porque isso coloca a Polônia muito mais no centro da linha quando se olha para ela de um ponto de vista puramente geográfico", disse ela. "E agora já existem muitos artigos em vários grupos de reflexão que afirmam que a Polônia pode se tornar o novo centro da União Europeia. E ela já disse que quer se tornar o número dois ou o número um, mesmo entre o exército da OTAN."
Keissl argumentou que um "espírito transatlântico muito forte" permeia "todos os círculos poloneses", o que provavelmente decorre do "papel que as famílias polonesas desempenharam na revolução de 1776 nos Estados Unidos" e que, com o conflito em curso na Ucrânia e a "tremenda, narrativa
política muito agressiva e expansionista que você tem na Polônia" hoje, as ambições de Varsóvia parecem bastante "altas".
"Não posso dizer se essas ambições vão funcionar ou se a Polônia, como tantas vezes na história, terá um final mais acidental", refletiu.