'É impossível cortar completamente laços com China', diz chefe da Raytheon
© AP Photo / Elise AmendolaBandeira americana hasteada em frente à fachada da Raytheon's Integrated Defense Systems, em Woburn, Massachusetts, 10 de junho de 2019. Na quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023, a China criticou duramente a visita a Taiwan de um alto funcionário do Pentágono e reafirmou ter sancionado a Lockheed Martin e uma unidade da Raytheon por fornecerem equipamentos militares para a democracia autônoma da ilha.
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De acordo com o diretor-executivo da Raytheon, Greg Hayes, as fabricantes ocidentais poderão reduzir os riscos de suas operações na China, mas será impossível cortar completamente os laços com o gigante asiático.
"Tínhamos diversos fornecedores na China, e nos separar [da China] é impossível [...]. Nós podemos reduzir o risco, mas não nos separar", afirmou o executivo, citado pelo Financial Times.
O executivo ainda destacou que a relação comercial entre China e Estados Unidos movimenta US$ 500 bilhões (R$ 2,4 trilhões) por ano, recordando que mais de 95% dos metais e materiais de terras raras usados pelos americanos são provenientes do gigante asiático.
Greg Hayes também alertou para o fato de que se os americanos "abandonassem" a China, levaria "muitos e muitos anos" para o país reestabelecer essa capacidade internamente e com países aliados.
Com a dependência da indústria da defesa americana em diversos setores chineses e a impossibilidade de "se livrar" totalmente do país asiático, as empresas norte-americanas passaram a procurar fontes alternativas, em busca de alguns dos componentes necessários, não para se afastar, mas para reduzir os riscos de ficarem sem as matérias-primas essenciais, enquanto a administração Biden trava uma guerra econômica com o presidente chinês, Xi Jinping.