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Arquivo desclassificado russo revela envolvimento de nazistas alemães no massacre de Katyn
Arquivo desclassificado russo revela envolvimento de nazistas alemães no massacre de Katyn
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Soldados do Exército da Alemanha nazista capturados pelo Exército Vermelho testemunharam que foram os nazistas, e não a União Soviética, que fuzilaram oficiais... 22.06.2023, Sputnik Brasil
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Os nazistas tentaram depois "vender" relatos falsificados de supostas atrocidades soviéticas para os Estados Unidos e o Reino Unido, segundo documentos do Arquivo Estatal de História Social e Política Contemporânea da região de Smolensk, disponibilizados para a Sputnik.Fuzilamento dos poloneses prisioneiros de guerraO Ministério da Propaganda alemão, liderado por Joseph Goebbels, informou em 13 de abril de 1943 que uma vala comum com oficiais poloneses supostamente mortos pelos soviéticos havia sido encontrada na floresta de Katyn, na região de Smolensk.Depois que Smolensk foi libertada pelo Exército Vermelho, foi criada uma comissão soviética que, após realizar sua própria investigação, concluiu que os poloneses em Katyn haviam sido mortos pelas forças de ocupação alemãs no outono de 1941.Varsóvia acredita que a morte dos oficiais poloneses foi obra do Comissariado do Povo de Assuntos Internos da URSS (NKVD, na sigla em russo), chamando-a de genocídio.Os documentos obtidos pela Sputnik são cópias de interrogatórios realizados pelos serviços de segurança soviéticos do prisioneiro Fritz Juraszek, um ex-fotógrafo que trabalhou na polícia criminal do Terceiro Reich.Juraszek revelou que os nazistas, que executaram pessoas em massa na cidade ucraniana de Vinnitsa, ocupada por eles durante a Segunda Guerra Mundial, usaram os vestígios de suas próprias atrocidades em 1943 para acusar a União Soviética de supostamente realizar fuzilamentos em massa em 1938.Vinnitsa, de acordo com Juraszek, não foi o único lugar em que ele participou da preparação de falsificações anti-soviéticas.O fotógrafo alemão foi enviado para a floresta de Katyn para tirar fotografias dos cadáveres de oficiais poloneses, sendo advertido de que a missão era secreta.De acordo com Juraszek, "durante a ocupação da região de Smolensk pelas tropas alemãs, mais de cinco mil oficiais poloneses capturados foram brutalmente mortos perto da floresta de Katyn".Para enganar a opinião pública mundial e ocultar os vestígios de seus crimes, os nazistas, por meio de propaganda falsa e provocativa, tentaram atribuir à União Soviética os assassinatos cruéis cometidos por si próprios, confessou ele.As autoridades alemãs levaram mesmo para Katyn um grupo de oficiais anglo-americanos prisioneiros de guerra e o comandante da companhia de propaganda em Smolensk, tenente Schlontzek, os informou sobre a investigação, "provando" assim que o fuzilamento foi executado pelos "russos".
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Arquivo desclassificado russo revela envolvimento de nazistas alemães no massacre de Katyn
Soldados do Exército da Alemanha nazista capturados pelo Exército Vermelho testemunharam que foram os nazistas, e não a União Soviética, que fuzilaram oficiais poloneses em Katyn.
Os nazistas tentaram depois "vender" relatos falsificados de supostas atrocidades soviéticas para os Estados Unidos e o Reino Unido, segundo documentos do Arquivo Estatal de História Social e Política Contemporânea da região de Smolensk, disponibilizados para a Sputnik.
Fuzilamento dos poloneses prisioneiros de guerra
O Ministério da Propaganda alemão, liderado por Joseph Goebbels, informou em 13 de abril de 1943 que uma vala comum com oficiais poloneses supostamente mortos pelos soviéticos havia sido encontrada na floresta de Katyn, na região de Smolensk.
Depois que Smolensk foi libertada pelo Exército Vermelho, foi criada uma comissão soviética que, após realizar sua própria investigação, concluiu que os poloneses em Katyn haviam sido mortos pelas forças de ocupação alemãs no outono de 1941.
Varsóvia acredita que a morte dos oficiais poloneses foi obra do Comissariado do Povo de Assuntos Internos da URSS (NKVD, na sigla em russo), chamando-a de genocídio.
Os documentos obtidos pela Sputnik são cópias de interrogatórios realizados pelos serviços de segurança soviéticos do prisioneiro Fritz Juraszek, um ex-fotógrafo que trabalhou na polícia criminal do Terceiro Reich.
Juraszek revelou que os nazistas, que executaram pessoas em massa na cidade ucraniana de Vinnitsa, ocupada por eles durante a
Segunda Guerra Mundial, usaram os vestígios de suas próprias atrocidades em 1943 para acusar a União Soviética de supostamente realizar fuzilamentos em massa em 1938.
Vinnitsa, de acordo com Juraszek, não foi o único lugar em que ele participou da preparação de
falsificações anti-soviéticas.
"Em abril de 1943, também viajei para Katyn, onde, como fotógrafo, realizei o mesmo trabalho que em Vinnitsa", admitiu ele.
O fotógrafo alemão foi enviado para a floresta de Katyn para tirar fotografias dos cadáveres de oficiais poloneses, sendo advertido de que a missão era secreta.
"As fotos das sepulturas e cadáveres dos oficiais poloneses tinham como objetivo ilustrar a propaganda difamatória conduzida pelos alemães sobre as 'atrocidades dos russos' – do NKVD e do Exército Soviético", enfatizou no interrogatório Juraszek.
De acordo com Juraszek, "durante a ocupação da região de Smolensk pelas tropas alemãs, mais de cinco mil oficiais poloneses capturados foram
brutalmente mortos perto da floresta de Katyn".
Para enganar a opinião pública mundial e ocultar os vestígios de seus crimes, os nazistas, por meio de propaganda falsa e provocativa, tentaram atribuir à União Soviética os assassinatos cruéis cometidos por si próprios, confessou ele.
As autoridades alemãs levaram mesmo para Katyn um grupo de oficiais anglo-americanos
prisioneiros de guerra e o comandante da companhia de propaganda em Smolensk, tenente Schlontzek, os informou sobre a investigação, "provando" assim que o fuzilamento foi executado pelos "russos".