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Lula 'está doido' pelo acordo UE-Mercosul, mas exigências impostas pelo bloco são 'ameaça' ao Brasil

© AP Photo / Lewis JolyO presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sessão de encerramento da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, 23 de junho de 2023, em Paris.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a sessão de encerramento da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, 23 de junho de 2023, em Paris. - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2023
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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira (23) que a última proposta da União Europeia (UE) para um acordo comercial com o bloco sul-americano Mercosul tornou impossível chegar a um acordo, pois incluía uma "ameaça" ao Brasil.
O líder brasileiro estava se referindo à adenda da UE ao acordo anexando compromissos de sustentabilidade e mudança climática e introduzindo sanções para as nações que não cumprem os objetivos climáticos descritos no Acordo de Paris de 2015.

"Eu estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível, a carta adicional que foi feita pela UE não permite que se faça um acordo", afirmou Lula no evento em Paris nesta sexta-feira.

"Não é possível, que nós temos uma parceira estratégica, e haja uma carta adicional que faça ameaça a um parceiro estratégico [o Brasil]", acrescentou.
O presidente brasileiro ainda criticou o funcionamento de instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial que, segundo ele, não representam hoje a mesma realidade de quando foram criadas, no passado.
Além disso, na opinião dele, os dois últimos órgãos deixam "muito a desejar naquilo que o mundo aspira" deles.

"Não podemos deixar as instituições funcionando de maneira equivocada. A ONU precisa voltar a ter representatividade, ter força política", enfatizou líder brasileiro.

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