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Tensões EUA-China podem atingir países da região do Sul da Ásia, segundo oficial da Índia

© AP Photo / Evan VucciO premiê indiano, Narendra Modi (à esquerda), participa de encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden (à direita), durante cúpula do Quad, em Tóquio, Japão, 24 de maio de 2022
O premiê indiano, Narendra Modi (à esquerda), participa de encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden (à direita), durante cúpula do Quad, em Tóquio, Japão, 24 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.06.2023
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Na opinião de um veterano indiano, os avanços dos EUA no oceano Índico, particularmente com países como a Índia, podem trazer problemas a países como o Bangladesh, Mianmar e Sri Lanka.
Um ex-oficial da Diretoria de Inteligência Militar da Índia disse à Sputnik que o "agravamento" das tensões entre Pequim e Washington no mar do Sul da China pode se espalhar para a Região do Oceano Índico (IOR, na sigla em inglês) e afetar a dinâmica regional na região do Sul da Ásia.

"A maior parte do Sul da Ásia [com exceção do Paquistão] e a Região do Oceano Índico [IOR] agora fazem parte do Comando Indo-Pacífico dos EUA [USINDOPACOM]", destacou o coronel reformado R. Hariharan, que supervisionou as operações de inteligência do Exército da Índia no Sul da Ásia.

"[...] Uma maior coordenação e cooperação entre suas marinhas [dos EUA e da Índia] significa maior preocupação, especialmente quando essas potências menores [Bangladesh, Mianmar e Sri Lanka] estão tentando equilibrar seu relacionamento com a crescente presença da China no sul da Ásia", observou o veterano do Exército, que também fez parte da Força de Manutenção da Paz da Índia (IPKF, na sigla em inglês) no Sri Lanka na década de 1980.
À exceção da Índia e do Butão, todos os outros países do Sul da Ásia fazem parte do projeto Um Cinturão, Uma Rota, apoiado por Pequim. A China também está entre os dois maiores parceiros comerciais de todos os países da região, incluindo a Índia.
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, senta-se ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak, do primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, do ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, do presidente da Estônia, Alar Karis e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen no primeiro dia da Conferência de Recuperação da Ucrânia em Londres em 21 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2023
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Hariharan advertiu que, como Nova Deli era o único membro do Quad que compartilha uma "longa fronteira" com Pequim, e devido ao impasse militar entre os dois, isso torna a Índia uma "parceira importante" nos cálculos estratégicos dos EUA para competir com a China.

'Aumento da coordenação' militar entre a Índia e os EUA

O especialista previu um "nível crescente de coordenação" entre as marinhas da Índia e dos EUA nos próximos meses.
R. Hariharan observou que os EUA e a Índia já assinaram todos os quatro "pactos fundamentais" que Washington pede a um país para fornecer-lhe tecnologia militar avançada. Esses pactos são:
Acordo de Segurança Geral de Informações Militares (GSOMIA, na sigla em inglês);
Acordo Básico de Intercâmbio e Cooperação (BECA, na sigla em inglês);
Acordo de Segurança e Compatibilidade de Comunicações (COMCASA, na sigla em inglês);
Memorando de Acordo de Intercâmbio Logístico (LEMOA, na sigla em inglês).
Hariharan notou que, com o LEMOA, Washington poderia usar as bases navais indianas para reparos e manutenção.

"O COMCASA prevê a comunicação segura entre as duas partes. Mas, o mais importante é o Acordo Básico de Intercâmbio e Cooperação [BECA] assinado em 2020, que permite o compartilhamento de informações geoespaciais e melhora a eficiência operacional dos equipamentos dos EUA usados pela Índia", comentou o ex-oficial indiano.

Além disso, o especialista referiu que Nova Deli e Washington concluíram o Acordo Principal de Reparo de Navios para potencialmente tornar a Índia em um "centro de manutenção e reparo para os ativos da Marinha dos EUA implantados no exterior".
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Hariharan mencionou ainda que os EUA designaram Nova Deli como um "importante parceiro de defesa" e a trataram "no mesmo nível" de um aliado da OTAN.
Ao mesmo tempo, o governo indiano rejeitou as propostas de Washington de a integrar no acordo OTAN+5.
A Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) da Casa Branca, divulgada em 2022, descreveu Pequim como o desafio global "mais consequente" dos EUA.
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